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Capital

Para mudar números de acidentes, investimento é em sensibilização

Nadyenka Castro | 27/05/2011 08:30

Escolas, táxis e mototáxis serão “premiados”

Intenção é sensibilizar para evitar todos os tipos de acidentes. (Foto: João Garrigó)
Intenção é sensibilizar para evitar todos os tipos de acidentes. (Foto: João Garrigó)

“Todos nós somos conscientes do certo e do errado. Acontece que não estamos sensíveis”, define a educadora Ivanise Rotta, sobre o comportamento muitas vezes imprudente do motorista, resultando em acidentes que viram números estatísticos, lotam hospitais e destroçam famílias.

Ela lembra que todos que dirigem têm, ou deveriam ter, Carteira Nacional de Habilitação, e para obter o documento precisam provar que conhecem as leis de trânsito e são conscientes dos resultados de suas ações.

Portanto, o que falta é sensibilização dos motoristas. “É preciso tocar as pessoas que o comportamento imprudente pode levá-las a morte”, declara Ivanise.

“Se ela morrer o problema não é dela. Houve investimento nela em educação, saúde. Ela deixa de devolver à sociedade o que foi investido nela. Não sabemos quem estamos matando. Será que não era o cara que iria descobrir a cura do câncer?”, questiona a educadora, nos fazendo refletir sobre nossas ações.

E a morte vira número. Seja para simplesmente entrar na estatística do poder público ou para, de fato, ser motivo para mudar a realidade, como o que parece estar acontecendo em Campo Grande.

Para isso, o Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito, cujas reuniões começaram ano passado, realiza e irá realizar diversas atividades educativas. É o projeto Sistema Dinâmico de Melhoria Contínua.

Uma delas, que está em andamento é realizado em empresas. As Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) de várias empresas procuraram o Gabinete porque perceberam que muitos funcionários estavam se afastando do serviço devido a acidentes de trânsito.

Para mudar esse quadro, são realizadas palestras. São mostradas fotos, números e vídeos de acidentes. Também são tiradas dúvidas e é feita uma mostra dos prejuízos financeiros.

Há também a ação Escola Segura onde 40 colégios já aderiram espontaneamente. A escola realiza palestras, capacitações e é premiada de acordo com as ações em prol do trânsito e também do não envolvimento de seus funcionários em acidentes.

Há ainda as escolas que serão avaliadas somente de acordo com o envolvimentos em acidentes. O “prêmio” é uma selo de qualidade classificado em ouro, prata e bronze.

Também serão avaliados o transporte escolar, coletivo, transportadoras, empresas, táxis e mototáxis. Todos receberão os selos de qualidade. “É o trabalho nas micros que vai interferir nas macros”, afirma Ivanize.

”Daqui a cinco, sete anos, estaremos com competência para trabalhar em regiões e até em bairros”, declara. Este trabalho consiste em premiar as regiões e/ou bairros de acordo com os acidentes lá ocorridos. “É a evolução do sistema”.

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