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Capital

Para por fim ao caos, Agetran proíbe estacionamento e revolta lojistas

Alan Diógenes | 27/11/2014 16:11
Placas de proibido estacionar foram colocadas, mas motoristas não utilizam faixa para trafegar. (Foto: Marcos Ermínio)
Placas de proibido estacionar foram colocadas, mas motoristas não utilizam faixa para trafegar. (Foto: Marcos Ermínio)

Para por fim ao congestionamento, principalmente no horário de pico, na Avenida Ernesto Geisel, entre as ruas 26 de Agosto e Antônio Maria Coelho, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) proibiu o estacionamento na primeira faixa da esquerda. A mudança revoltou os comerciantes, que não foram consultados sobre a mudança e perderam clientes.

Conforme o empresário Paulo Nunes da Silva, 37 anos, que trabalha instalando assessórios de carro há 2 anos na região, conta que o movimento no comércio caiu cerca de 90%, após a mudança. Para ele a Agetran deveria ter feito uma pesquisa com os comerciantes antes de proibir o estacionamento.

“O movimento em minha loja quase acabou. Sem falar que os clientes não podem parar nem um minuto aqui na frente, que os fiscais de trânsito já chegam para multar. Eles só deixam a pessoa parar para deixar passageiros. Agora não sei como fazer, porque no pátio da loja só cabem dois veículos, desta forma não tenho espaço para trabalhar”, explicou Paulo.

O empresário afirmou que se a Agetran desafogasse o trânsito nas ruas Rui Barbosa e 15 de Novembro, não precisava alterar a Ernesto Geisel. “O grande fluxo de veículos vem destas ruas e desemboca na Ernesto Geisel. Como não existe muitas opções de retorno, acontecem os congestionamentos. Para mim essa mudança não mudou nada”, apontou.

Paulo conta que o movimento em sua loja caiu 90% depois da mudança. (Foto: Marcos Ermínio)
Paulo conta que o movimento em sua loja caiu 90% depois da mudança. (Foto: Marcos Ermínio)
Asterio disse que mudança evitou acidentes, que antes aconteciam. (Foto: Marcos Ermínio)
Asterio disse que mudança evitou acidentes, que antes aconteciam. (Foto: Marcos Ermínio)

Segundo a técnica de departamento pessoal, Laine Magalhães, 35, a mudança foi em vão por que os motoristas não estão utilizando a faixa para trafegar. “Eles ainda não acostumaram com a nova faixa de tráfego e acabam não utilizando. Fica aquele monte de carro somente em duas faixas como era antes, ou seja, a mudança foi em vão”, comentou.

Já o contador Asterio Jacobson Nogueira, 47, aprovou a mudança. “Acredito que o fluxo de veículos melhorou no local e evitou acidente de trânsitos que antes aconteciam na Rua Rosa Pires, que é continuação da 15 de Novembro. Antigamente como era grande o número de veículos Ernesto Geisel, fechava o sinal e os carros ficavam no meio do cruzamento e quem vinha da Rosa Pires não conseguia passar”, finalizou.

O diretor-presidente da Agetran, Jean Saliba, informou na tarde desta quinta-feira (27), que a mudança veio para melhor o trânsito, por conta do congestionamento que havia no local. “Na verdade aquele era o único trecho que ainda podia estacionar, então retiramos para padronizar. Acredito que as pessoas estão fazendo uma avaliação preliminar sobre a mudança. Sem falar que a maioria dos moradores da região possem garagens”, destacou.

Decisão foi tomada para acabar com grande fluxo de veículos no local. (Foto: Marcos Ermínio)
Decisão foi tomada para acabar com grande fluxo de veículos no local. (Foto: Marcos Ermínio)
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