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Capital

Perigo em 2 rodas: 57% dos mortos em acidentes são motociclistas

No dia do motociclista uma abordagem educativa foi realizada para alertar sobre riscos e a vulnerabilidade dos motociclistas

Geisy Garnes e Mirian Machado | 27/07/2018 10:49
Para comemorar o dia do motociclista uma abordagem educativa foi realizada na Duque de Caxias (Foto: Marina Pacheco)
Para comemorar o dia do motociclista uma abordagem educativa foi realizada na Duque de Caxias (Foto: Marina Pacheco)

No dia do motociclista, um dado alarmante chama atenção da polícia, mais de 57% das vítimas de acidente de trânsito em Campo Grande neste ano foram motociclistas. Com 27 mortes de janeiro a julho, o número fica a oito do total de casos registrado no ano passado.

Nesta sexta-feira, equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Detran, Rotary, Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Guarda Municipal, se reuniram em uma abordagem educativa, para alertar sobre riscos e a vulnerabilidade enfrentada pelos condutores.

No ano passado, 70 mortes foram registradas no trânsito de Campo Grande, 35 vítimas eram motociclista. De janeiro a julho deste ano o número de acidentes com mortes já somam 47 vítimas, 27 delas de motociclistas. Segundo o Batalhão de Trânsito do primeiro dia do ano até ontem foram mais de 3290 acidente envolvendo motos, ciclomotores e motonetas.

“Em 50% dos casos, os motociclistas sofrem acidentes sozinhos e a principal causa ainda é a velocidade”, detalhou a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta. A falta de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e a embriaguez são a segunda e a terceira principais causas de acidentes.

“Todo mundo fala que os motociclistas estão errados, mas não é isso, eles são os mais vulneráveis”, destacou Ivanise. Segundo ela, a abordagem desta manhã, que aconteceu na Avenida Duque de Caxias, tinha justamente essa finalidade, destacar os riscos diários que esses motoristas sofrem diariamente no trânsito.

“Por conta desse vulnerabilidade os traumas e as fraturas são de maior incidência, porque os motociclistas são sempre muito expostos. Se um carro bate neles, já machucam perna e braço”, reforçou Marcel Nobre, enfermeiro motolância do Samu.

Ainda conforme o enfermeiro, em muitos casos as vítimas sofrem TCE (Traumatismo Cranioencefálico), muitas vezes pela má qualidade dos capatazes ou até por não usarem da maneira correta. “Recentemente teve um acidente grave da Guaicurus, com vítima fatal, isso só assina o que a gente vive todos o dias com motociclistas”, lamenta Nobre, lembrando do acidente que causou a morte de Maria de Lourdes Faustino, 56 anos.

Durante a abordagem os motociclistas receberam ainda adesivo refletivo e um chaveiro da campanha “Vida no Trânsito”.

Confira a galeria de imagens:

  • Ivanise Rotta, chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran (Foto: Marina Pacheco)
  • Marcel Nobre, enfermeiro motolância do Samu (Foto: Marina Pacheco)
  • Foto: Marina Pacheco
  • Foto: Marina Pacheco
  • Foto: Marina Pacheco
  • Foto: Marina Pacheco
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