ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Primeiro a chegar em acidente com mortes, rapaz diz que viu um horror

Nadyenka Castro | 10/12/2011 14:25

No cruzamento onde houve a colisão entre Gol e a carreta, marcas indicam a violência do impacto. A sinalização existente está apagada

No asfalto, estilhaços, lataria e marcas que indicam que o carro de passeio foi arrastado. (Foto: João Garrigó)
No asfalto, estilhaços, lataria e marcas que indicam que o carro de passeio foi arrastado. (Foto: João Garrigó)
Jean foi o primeiro a chegar no local do acidente. Ele foi acordado com o barulho do impacto entre os veículos. (Foto: João Garrigó)
Jean foi o primeiro a chegar no local do acidente. Ele foi acordado com o barulho do impacto entre os veículos. (Foto: João Garrigó)

Primeiro a chegar ao local do acidente que resultou na morte de dois irmãos, na madrugada deste sábado, no Jardim Parati, em Campo Grande, o estudante Jean Douglas Palhano de Araújo, 17 anos, define a cena que viu em duas palavras. “Um horror”.

O adolescente mora com a família a poucos metros do cruzamento das ruas Manoel Vieira de Souza e Gabriel Spipe Calarge - local da colisão- e, da cama onde dormia, levantou após ouvir o barulho do impacto entre o Gol e a Scania. “Foi uma batida, parecia uma explosão. Depois parecia estar arrastando”

Sem saber o que havia acontecido, Jean foi para a frente de casa e da calçada viu os automóveis. “Olhei e vi a carreta e também que tinha um carro embaixo”, lembra o garoto que ao perceber que havia ocorrido um acidente foi para o local e chegou a conversar com uma das vítimas.

“Perguntei se tinha alguém lá dentro e só um homem respondeu. Falava que estava faltando ar e que era para tirar eles de lá”, declara Jean, referindo-se aos ocupantes do carro de passeio.

O garoto então acionou os serviços de socorro e outros moradores próximos chegaram, assim como o irmão de Jean, o militar Diego Wesley Palhano, 21 anos. Os dois e as demais pessoas testemunharam o atendimento às vítimas e quando Maria das Graças Evangelista da Silva, 45 anos, foi retirada já morta.

Jean lembra que Maria estava sentada atrás do banco do motorista, que segundo ele, aparentava “desmaiar e voltar” várias vezes. O condutor era Valdenir Evangelista da Silva, 43 anos, irmão de Maria, e morreu poucas horas depois de receber atendimento médico na Santa Casa.

Diego e Jean falam que além de estilhaços de vidros e ferragens pelo asfalto, havia várias garrafas de cerveja também pela via e outras no carro de passeio.

O local - Os dois contam que a rua Gabriel Spipe Calarge - preferencial - é cenário constante de acidentes e alguns meses atrás um motociclista morreu. Para eles, é preciso redutores de velocidade. “Aqui direto tem racha, motociclistas passam correndo. Se tivesse uma lombada iria melhorar”, pede Diego.

No cruzamento onde houve o acidente que resultou na morte de Maria das Graças e de Valdenir a sinalização é apenas horizontal e está apagada, o que dificulta a visualização, principalmente à noite.

Valdenir, que descia a Manoel Vieira com o Gol e deveria ter obedecido à indicação de parada obrigatória, desrespeitou a sinalização e acabou colidindo no meio da Scania bi-trem, cujo motorista saiu ileso. Marcas no asfalto indicam que o Gol foi arrastado por 30 metros. Estilhaços de vidros e pedaços da lataria espalhados na via mostram a violência do impacto.

Além da morte do casal de irmãos, a colisão deixou em estado grave Antonio da Silva Pereira, 49 anos, e Paulo Cesar Aguiar Nery, 37 anos.

Marca no asfalto, no local do acidente. (Foto: João Garrigó)
Marca no asfalto, no local do acidente. (Foto: João Garrigó)
O militar pede redutores de velocidade para a via. (Foto: João Garrigó)
O militar pede redutores de velocidade para a via. (Foto: João Garrigó)
Nos siga no Google Notícias