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Capital

Reconstituição confirma abuso de velocidade em "Caso Rayssa"

Mariana Lopes e Jéssica Benitez | 05/05/2013 09:50
Na reconstituíção, carro chegou a 80 km/h (Foto: Simão Nogueira)
Na reconstituíção, carro chegou a 80 km/h (Foto: Simão Nogueira)

Para indicar a velocidade dos veículos e quem desrespeitou o sinal vermelho, foi feita na manhã deste domingo (5) a reconstituição do acidente que deixou a estudante Rayssa Favaro gravemente ferida em abril de 2010.

Para o trabalho da perícia, a avenida Mato Grosso ficou interditada da rua 25 de Dezembro até a Bahia, na região do Jardim dos Estados, em Campo Grande, trecho onde ocorreu a colisão. O principal ponto a ser elucidado é para qual dos dois motoristas o sinal estava aberto, já que o abuso de velocidade por um dos envolvido sempre foi considerado.

De acordo com o perito criminal Domingos Sávio Ribas, a promotoria enviou um vídeo à Polícia no final de março. Agora, com as imagens em mãos e os dados colhidos hoje, a perícia irá analisar se as informações coincidem com o depoimento dado pelo motorista do Honda Civic, Marcelo Olendzki Broch, que bateu no carro de Rayssa, um Fiat Uno.

“O vídeo não é novo, mas ele abriu mais uma possibilidade de trabalho, com mais detalhes. Deu para identificar os carros, descobrimos outros pontos e pode ser que saibamos quem furou o sinal”, comenta o perito.

As imagens são da câmera instalada no posto de combustível que fica no cruzamento da avenida Mato Grosso com a rua Bahia. Sávio afirma que a simulação foi feita por causa da distância, para ver se o vídeo não está distorcido. Pelo que viu na manhã de hoje, ele diz que o vídeo condiz com o que foi verificado na rua.

De acordo com a perícia, o Civic estava, em média, a 104 km/h, enquanto o Uno a 45 km/h. Em cinco tentativas de simular a velocidade do carro, a perícia chegou a 80 km/h, até a frente do posto, na 25 de Dezembro, local do vídeo. A partir deste ponto, os peritos fizeram o cálculo e confirmaram que até alcançar a rua Bahia o veículo chegou aos 104 km/h.

Apesar da alta velocidade do Civic, ainda conforme a perícia, se for constatado que foi a condutora do Uno quem furou o sinal vermelho, Marcelo Broch, pode ter a pena diminuída quando for julgado.

O laudo da perícia fica pronto até a próxima quarta-feira (8). “Agora, confirmandos os dados, vamos fechar o caso”, garante Sávio.

Rayssa teve traumatismo craniano, ficou meses internada e com sequelas. Ela é filha do ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul, Válter Favaro. Já Marcelo não teve ferimentos.

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