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Capital

Sem vaga para estacionar, motoristas evitam Centro e comércio reclama

Filipe Prado | 07/09/2014 13:45
Os motoristas acham dificuldade em encontrar vagas na área central (Foto: Marcelo Calazans)
Os motoristas acham dificuldade em encontrar vagas na área central (Foto: Marcelo Calazans)

Sem as 240 vagas, que existiam antes da reforma da Avenida Afonso Pena, os motoristas voltam a reclamar da falta de vagas no Centro de Campo Grande. Mas não só eles os revoltados. A Associação Comercial reforça que os comerciantes são os mais prejudicados com o problema na Capital.

Encontrar uma vaga chega a ser considerado "milagre" para alguns motoristas, como para autônoma Claudete Moraes Nogueira, 42 anos. “Está muito complicado encontrar. A gente não acha e quando encontra acha um milagre”, brinca.

Com isso, muitos motoristas evitam o Centro. “Antes eu vinha umas três vezes por mês, agora eu venho uma e olhe lá. A grande demanda de veículos dificulta”, comenta o bombeiro militar Adonias Garcia, 46.

Vários comerciantes e empresários tiveram que aderir ao estacionamento particular, como um diferencial e atrativo, como a Conveniência Alemão e o Cartório Ayache.

Muitos campo-grandenses tem trocado o centro pelo shopping, pelo conforto. “O estacionamento que antes era ruim, virou o benefício do shopping”, admite o presidente do Conselho do Comércio Central da Associação Comercial André Eduardo Moretto.

Cleber sugeriu estacionamento públicos (Foto: Marcelo Calazans)
Cleber sugeriu estacionamento públicos (Foto: Marcelo Calazans)

O prejuízo é nítido, conforme o presidente, mas ainda não há dados “palpáveis” sobre o assunto. “Está afetando o comércio de Campo Grande, temos percebido que as vendas tem caído”.

Para ele, as 240 vagas que foram retiradas da avenida, prejudicaram os motoristas, porque a decisão reflete no comércio central, que não consegue acompanhar o crescimento da frota de carros, que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) chegou a 248.372 mil carros em 2010.

“Para mim isso é falta de planejamento urbano. Se a prefeitura pedisse para que cada comércio criado construísse um estacionamento subterrâneo com 50 vagas cada, já iria desafogar”, analisa o bombeiro.

Outra alternativa, de acordo com o administrador Cleber Coimbra, 47, são estacionamentos públicos para a população. “O parquímetro não ajuda muito e os preços dos estacionamentos particulares são exorbitantes, então acho que lugares públicos poderiam ser criados para ajudar”, alega.

A falta de vagas tem prejudicado o comércio, afirmou o presidente do Conselho do Comércio Central (Foto: Marcelo Calazans)
A falta de vagas tem prejudicado o comércio, afirmou o presidente do Conselho do Comércio Central (Foto: Marcelo Calazans)
Para Adonias a falta de vagas é uma falta de planejamento urbano (Foto: Marcelo Calazans)
Para Adonias a falta de vagas é uma falta de planejamento urbano (Foto: Marcelo Calazans)
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