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Capital

Sinalização some das ruas e causa até mortes no trânsito da Capital

Filipe Prado | 04/07/2014 08:30
Várias ruas de Campo Grande não possuem sinalização horizontal e vertical (Foto: Marcos Ermínio)
Várias ruas de Campo Grande não possuem sinalização horizontal e vertical (Foto: Marcos Ermínio)

A sinalização vertical e horizontal em várias ruas de Campo Grande está confundido os motoristas. Muitos locais tiveram as placas arrancadas, pelos próprios motoristas, ou possuem a sinalização horizontal apagadas, por conta disso, quem não está acostumado com estes locais, acaba até causando acidentes. A Prefeitura promete solucionar o problema a partir de agosto.

Um dos últimos acidentes pela falta de sinalização foi no Bairro Taveirópolis, na última terça-feira (1). Um Fiat Uno que trafegava pela rua Antônio Abdo invadiu a preferencial e foi atingido na lateral por um Gol, que passava em alta velocidade pela rua da Pátria. O Uno tombou e foi arrastado pelo outro veículo.

A placa de “Pare” não foi encontrada no cruzamento e a sinalização horizontal estava apagada. Os moradores do bairro afirmaram que no local os motoristas ficam confusos com a falta de sinalização.

Outro bairro que sofre com o mesmo problema é o Monte Castelo. O construtor Cícero das Merces, 48 anos, passa todos os dias pelo cruzamento das ruas Rui Barbosa com Júlio Barone e já identificou o problema.

“Deveria sinalizar aqui. Quem não mora aqui não tem como saber qual é a preferencial”, afirmou o construtor. Ele ainda questionou o uso da região para as aulas práticas de autoescolas. “Eles já começam aprendendo errado”, relatou.

No cruzamento da Avenida Rachid Neder com a Rua Padre João Crippa a sinalização também deixou de existir. Segundo a empresária Maria Joana Pedral, 55, as placas foram retiradas pelos próprios motoristas “imprudentes”, conforme ela.

No Taveirópolis, o motorista invadiu a preferencial e foi atingido por outro veículo (Foto: Marcelo Victor)
No Taveirópolis, o motorista invadiu a preferencial e foi atingido por outro veículo (Foto: Marcelo Victor)
Cícero questionou o uso das vias para as aulas práticas de autoescolas (Foto: Cleber Gellio)
Cícero questionou o uso das vias para as aulas práticas de autoescolas (Foto: Cleber Gellio)

Mas os acidentes deixaram de acontecer, por conta de um semáforo e dois redutores de velocidade que foram colocados na avenida. “Aqui já morreu muita gente, mas agora está melhor”, comentou. Mesmo assim Maria ainda achou que a sinalização deve ser recolocada no cruzamento. “Quanto mais sinalização melhor”, completou a empresária.

Os acidentes ocorridos pela falta de sinalização já geraram mortes na Capital, como de uma jovem de 17 anos, no dia 8 de abril deste ano, que foi atropelada por um caminhão caçamba na esquina das ruas Praia Grande e Leão Zardo, no Bairro São Conrado.

A vítima, que ia de bicicleta buscar a filha de dois anos em uma creche, invadiu a Rua Leão Zardo, que era preferencial, porque, segundo os moradores, não havia sinalização em nenhuma das ruas.

“Na periferia de Campo Grande a sinalização é bem falha”, comentou o taxista Cézar Pinheiro, 44. Ele disse que, por conta da falta placas e sinalização, presenciou dois acidentes. “Uma vez o carro invadiu a preferencia e acabou batendo em um carro. Ele disse que era da cidade de Rio Brilhante e não conhecia o local e não sabia que seria preferencial”, explicou.

Cézar afirmou que a falta de sinalização prejudica tanto os motoristas que visitam a cidade quanto os próprios taxistas.

De acordo como o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Jean Saliba, até agosto deste ano, de três a quatro frentes de trabalho irão trabalhar na reposição das sinalizações em Campo Grande.

O trabalho irá começar pela área central, após uma licitação que será aberta em alguns dias para a compra do material. Depois seguirá para os bairros, o primeiros será o Tiradentes. “Daqui pra frente isso será rotina. Nós temos obrigação com a cidade”, afirmou Saliba.

Moradores do São Conrado protestaram pela falta de sinalização no bairro (Foto: Cleber Gellio)
Moradores do São Conrado protestaram pela falta de sinalização no bairro (Foto: Cleber Gellio)
O taxista revelou que já presenciou dois acidentes por conta da falta de sinalização (Foto: Marcos Ermínio)
O taxista revelou que já presenciou dois acidentes por conta da falta de sinalização (Foto: Marcos Ermínio)
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