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O que esperar das mídias sociais em 2013

Por Acácia Lima (*) | 18/12/2012 08:30

O ano já está terminando e o que não faltam são previsões sobre como as mídias sociais, especialmente o Facebook e o Twitter, impactarão a vida dos consumidores e empresas em 2013. Fenômeno na internet e nos smartphones há poucos anos, as redes sociais ainda provocam enorme curiosidade sobre seu funcionamento, alcance e futuro, sem mencionar o tabu que ainda é para alguns, principalmente para micro e pequenos empresários.

Dada a velocidade com que as mudanças ocorrem no meio digital e a inquieta demanda por novidades, é quase impossível prever que destino terá o Facebook ou qualquer outra mídia social. Aqui, creio que o mais importante não seja saber exatamente o futuro desta ou daquela plataforma, mas sim entender que vivemos tempos de sociedade em rede. Nada mais está desconectado, distante ou indiferente.

Teorias sobre marketing e comunicação não são mais verdades absolutas. Engessadas, essas teorias levam muito tempo para serem implementadas e, quando são, muitas vezes já estão obsoletas. Vivemos a era da prática e das relações dinâmicas. Sai muito na frente quem hoje é mais rápido na condução de estratégias e consegue mudar a direção sem entraves, e, neste quesito, às micro e pequenas empresas têm uma boa vantagem sobre as grandes por terem mais agilidade nos eventuais ajustes de rota.

Temos uma geração de distraídos ávida por informações e novidades, conectada praticamente 24 horas por dia. Este cenário certamente não mudará nos próximos anos e aí está o grande desafio do empresário: como atrair e manter esse consumidor interessado em seu produto e tê-lo como aliado e disseminador da sua marca? Há alguns anos costumava-se dizer que um cliente, falando bem ou mal de uma empresa, influenciava 10 pessoas. Hoje, com o boca a boca virtual, esse número chega à casa das 200 pessoas. Portanto, é inadmissível não considerar a importância e, até mesmo, a obrigatoriedade da atuação nas plataformas digitais.

Ainda pouco se sabe a respeito da melhor forma, e a mais efetiva, de atuar nas mídias sociais. Entretanto, uma das lições aprendidas neste ano de 2012 é que as mídias sociais não devem ser usadas apenas para fazer branding. O consumidor deseja especialmente relacionar-se com as marcas de sua preferência, procura atendimento rápido e eficaz e não admite esperar um dia por uma resposta de e-mail. Daí, concluímos que, sim, possuímos ferramentas online para nos comunicar, mas sempre seremos pessoas lidando com pessoas e a melhor maneira de cativá-las é tratando-as como únicas.

Pequenas redes sociais como a nextdoor.com estão sinalizando uma tendência capaz de transformar o cenário digital de forma ainda mais poderosa. A ideia é "arrebanhar no online para realizar no offline", ou seja, extrair das bandeiras levantadas nas redes atitudes e ações na vida real, a fim de promover melhorias na sociedade. Talvez seja essa a maior aposta quanto ao destino das mídias sociais: torná-las uma aliada não só para divulgar, mas, principalmente para construir de fato uma relação equilibrada entre deveres, responsabilidades e direitos. Afinal, não é esse um desejo para um mundo melhor?

(*)Acácia Lima é jornalista e diretora da YellowA, agência especializada em mídias sociais.

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