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Amor em preto e´branco

Por Rosildo Barcellos (*) | 11/05/2015 11:14

Paço Imperial, 13 de maio de 1888… começa o jogo. Imagino um jogo de xadrez. Mas, que por uma mão mágica é movida. Os brancos saem na frente. Invejo a lucidez desse jogo, porque mesmo não tendo toda a decisão – tenho a capacidade de influenciá-lo. embora, impreterivelmente, mais cedo ou mais tarde, tenho de aprender a respeitar a ordem natural das coisas ou movimentar as peças para que os ventos soprem ao meu favor.

Mas acredito que na vida, o amor e a justiça sempre acabam por triunfar, e sem pestanejar prossigo o ato, e o jogo continua… as peças pretas saem tresloucadas para atingir a última linha. Sabe-se apenas que se regras forem violadas há o risco do peão não chegar. Chega a hora de reunir o necessário e esquecer o acessório, conduzindo o destino de cada peça. Começo a perceber uma regra de continuidade e de respostas em cada jogada. É a vida!

Aprender a mover as peças é entender a essência do existir. São antíteses e antônimos andando junto. Essa é a nossa única diferença: não sabemos quanto tempo temos, quantos dias teremos e não sabemos se obteremos chance de consertar o mal que fizemos ou identificar qual foi a nossa “jogada errada”. Mas o objetivo é o mesmo: fazer com que o rei adversário fique sem saída e abdique… é o xeque-mate.

Na vida real cada decisão nossa é um xeque-mate. Mas algumas regras são imutáveis ! Por exemplo: uma pedra preta será sempre uma pedra preta; mas isso não interfere no jogo, pois não são somente as brancas que atingem a preeminência. Um outro exemplo é o movimento do cavalo: que claramente representa as mudanças de decisão. E quantas vezes devemos desviar de alguma situação ou obstáculo. para atingir nosso objetivo?

É assim, qual um jogo de xadrez, com idas e vindas, a vida não acaba sem sanhas para ambos os lados. Cada ato nosso retrata os limites traçados para o amor em preto e branco. Entretanto, um grande detalhe nunca devemos esquecer…o movimento de uma pedra interfere no movimento das outras e nesta particularidade reside a essência da vida.

(*) Rosildo Barcellos, articulista

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