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As armaduras de Palocci

Por Júlio César Cardoso (*) | 27/05/2011 06:04

Nem Palocci, nem José Dirceu, nem Erenice Guerra, nem ninguém de vida pública (política) pode se negar a prestar esclarecimentos oficiais à sociedade. Quem não deve não teme. O político tem que ser um livro aberto para todos lerem. Que pouca-vergonha é essa que se instalou no Brasil? O Art. 50 da Constituição Federal não pode ser considerado letra morta. Vamos respeitar os valores democráticos constitucionais.

Infelizmente o país foi tomado em todos os segmentos por aquilo que o falecido senador amazonense, Jefferson Peres, já havia alertado: a "mexicanização brasileira" pelo PT. E tudo está se confirmando. O PT se armou e contaminou de corruptos as instituições públicas brasileiras, para poder agir do baixo ao alto clero. Veja o pipocar de denúncias de prefeituras comandadas pelo PT em todos os rincões brasileiros.

Veja como até hoje os mensaleiros continuam impunes pelo STF, que mascara o exame dos processos. Aliás, esse tribunal, de indicação política, é uma vergonha. Veja o imberbe e desconhecedor de Direito, que foi reprovado em dois concursos para juiz, Dias Toffoli, ex-advogado do PT, hoje como ministro do STF. Veja a audácia do ex-ministro político de toga, do STF, Nelson Jobim, hoje comandante do Ministério da Defesa, ao convidar para ser seu secretário o ex-deputado José Genoino, dependurado em processo no STF.

Veja que a estratégia, para tentar influenciar o julgamento no Supremo Tribunal Federal, está muito clara. O petista paulista, deputado federal João Paulo Cunha, que responde no Supremo por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato (mensalão), foi escolhido pelo PT para presidir a comissão mais importante da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Veja o que disse o deputado petista paulista Devanir Ribeiro: “O Jobim deu um recado ao governo e ao PT. Por que nossos ministros não convidam companheiros processados para trabalhar? Vamos vencer a batalha da opinião pública”. Ora, esse deputado ao colocar em dúvida a seriedade do Supremo deveria ser cassado pelo Conselho de Ética por falta de respeito com o maior tribunal.

O PT e base de apoio, liderada por José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e outros, formaram no Senado a muralha da imoralidade de difícil transposição. São todos políticos indecorosos com rabos presos, que não deixam nada ser apurado contra o governo petista e seus subalternos ministros e demais bajuladores políticos. Assim, é quase letra morta o Art. 50 da Constituição Federal.

Lá no Senado tem um senador, que é o que se chama de parasita, aquele animal que se alimenta do sangue de outro. Trata-se do petista amazonense João Pedro, senador biônico, que não recebeu um voto sequer e gosta de cantar de galo para impedir as CPIs contra o PT. Figurinha carimbada e conhecida de outros "carnavais" do Senado.

Ele e o outro ex-senador biônico, o agora deputado federal Sibá Machado, mais a derrotada ao governo catarinense e agora empregada de ministra da Pesca, a ex-senadora Ideli Salvatti, formavam o triunvirato petista do Senado, que muito dificultava as instaurações de CPIs contra indecorosos petistas, descobertos em irregularidades políticas.

Agora ele, novamente se apresenta com a sua turma de indecorosos políticos, que não querem ver o Brasil político moralizado, para dificultar e defender outro ladravaz petista requintado, que mandou violar o sigilo bancário do caseiro Francelino, o Dr. Palocci, o mágico do enriquecimento precoce.

O senador João Pedro e outros indecorosos políticos, em vez de prestarem um bom serviço ao País, colaborando para a apuração da verdade e da decência política, trabalham na contramão da moralidade pública, pois são os regentes da orquestra podre que só desafina e conspurca a seriedade que deveria ter a política brasileira.

Nos Estados Unidos da América, trambiqueiros do mensalão e políticos mágicos que enriquecem do dia para a noite seriam algemados, presos e processados com o rigor da lei. Aqui no Brasil goza de liberdade todo político (petista) solerte, frequentador de casas suspeitas, como aquela que o caseiro Francelino denunciou, usada pela patota do Palocci em Brasília para festas e partilha de dinheiro.

É uma grande vergonha nacional. Basta ser petista o rato apanhado roendo o queixo, para o enxame petista se assanhar em defesa de seus correligionários. Se o “tarado” diretor do FMI fosse político petista, com certeza estaria armado o barraco petista para a sua defesa.

Com efeito, existe uma diferença muito grande entre os tribunais brasileiros e americanos. Por isso, políticos indecorosos, que conspurcam a seriedade do Congresso e de toda a classe política, continuam impunes desafiando a sociedade brasileira. Uma vergonha. E ainda existem "políticos fajutos", para defender essa pouca-vergonha, que recebem R$26.700 e mais penduricalhos remuneratórios, tungados dos bolsos dos contribuintes nacionais. Triste país comandado por uma tropa de aproveitadores mal intencionados.

(*) Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado.

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