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As chuvas de verão e o papel do poder público

Lucimar Couto | 13/01/2011 08:54

A chuva é um dos fenômenos naturais e não temos nem como recorrer a quem seja para evitá-la ou mantê-la sob controle.

Quando comedida é sempre bem-vinda, indispensável, uma benção! Quando excede é indesejada sob todos os aspectos. As cheias trazem mazelas e prejuízos os mais variados e piores que secas.

A saúde é precarizada e o nosso corpo fica sujeito a uma série de doenças entre elas a hepatite, leptospirose etc.

Como se não bastasse observamos os prejuízos materiais que para alguns – os mais abastados – podem parecer insignificantes, mas para o pobre é tudo o que conseguiu vida e que se esvai, desce nas enxurradas ou se perde com a invasão das águas. Armários, camas, guarda-roupa, TV, geladeira, fogão, tudo é danificado e os prejuízos que não repostos são incalculáveis. Além do incômodo e medo, mortes.

Mas a culpa não é só da natureza. Os administradores municipais, por relapsos, só agem, quando agem, para tentar remediar.

Precavidamente nenhum toma a iniciativa com a oportunidade que a situação requer. Não só pela incompetência por não saber planejar para enfrentar situações emergenciais como também pelo descuido em não tomar logo medidas preventivas como desentupimentos de esgotos e galerias, recolhimento de lixos e entulhos, desobstrução dos bueiros das passagens, drenagens etc.

É uma situação de pânico que nos faz sentir logrado pelas administrações municipais que anos seguidos não conseguem sanar ou amenizar a situação, por inábeis e criminosamente negligentes.

Pena que tenhamos receios ou não saibamos a quem recorrer por falta de esclarecimentos, pois contra o poder público caberiam ações por danos materiais e morais.

Lamenta-se que aos responsáveis não lhes atinja para serem responsabilizados pelo descuro que demonstram, afetando-lhes inclusive o bolso, pois só assim eles se compadeceriam dos milhares de vítimas negligenciadas pelo poder público, nas diversas instâncias.

A Justiça a tudo assiste apática, letárgica, não punindo, o que denota alienação e descompromisso com a sociedade a quem deveria amparar, de sua iniciativa!

(*) J. Hildeberto Jamacaru de Aquino é corretor de imóveis.

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