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Atitudes que salvam vidas

Por Jean Saliba (*) | 01/07/2014 15:52

Conforme o levantamento realizado pelo GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito), Campo Grande fechou o primeiro semestre de 2014 com o registro de 55 vítimas fatais de acidentes de trânsito, incluindo os que vão a óbito no hospital, no prazo de 30 dias. O mesmo número corresponde ao registrado no ano passado.

No Brasil os acidentes de trânsito são considerados problemas sociais e de saúde pública, na medida em que utilizam o sistema de saúde para tratar vítimas. Conforme a Organização Mundial de Saúde o Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito.

Para solucionar este grave problema é necessária uma abordagem disciplinar, através de ações que atuem diretamente no público alvo. Em Campo Grande tem-se implementado políticas de educação para o trânsito, que visam a conscientização da sociedade para o respeito às normas de trânsito. Os dados das pesquisas realizadas pelo GGIT servem de subsídio para medidas educativas e de estratégias de fiscalização nas vias consideradas críticas, em prol das mudanças no comportamento de motoristas e pedestres, com o propósito de reduzir o número de acidentes com vítimas fatais.

A frota de veículos na Capital já ultrapassa 480 mil veículos para uma população com mais 830 mil habitantes. A comparação dos dois números revela, a grosso modo, que há um carro em Campo Grande para cada duas pessoas. Este aumento está relacionado ao poder de compra dos sul-mato-grossenses, as vantagens e ao crescimento populacional. Hoje este crescimento pode ser visto nos horários de pico em pontos considerados críticos na capital.

Dados do estudo estatístico do GGIT mostram também que a incidência maior de acidentes com vítimas fatais no trânsito de Campo Grande ocorre entre jovens na faixa etária de 18 a 25, os acidentes concentram-se principalmente em avenidas largas e bem sinalizadas e ocorrem prioritariamente nos finais de semana. O excesso de velocidade ainda é apontado como um dos principais motivos para acidentes fatais. Uma série de fatores explica o aumento da vitimização juvenil como, o abuso de álcool, a alta velocidade e a facilidade de acesso a carros.

Mesmo com tantos programas que alertam sobre os perigos de acidentes no trânsito, os jovens ainda insistem em pegar no volante depois ingerir bebida alcoólica. Para um trânsito seguro é preciso dirigir consciente e com responsabilidade, tomar iniciativas que garantam a segurança. As atitudes no trânsito devem ser levadas a sério e a segurança ser fator primordial.

Pequenas decisões e ações podem evitar tragédias e salvar vidas. Existem meios simples para aproveitar a noite e voltar para casa com segurança. Hoje como alternativa os táxis são opções de transporte, prático, rápido, seguro e confortável. Os encontros com os amigos podem ser organizados em grupos, e assim a saída e a volta para a casa pode ser cômoda, econômica e segura. Com a conta da corrida dividida entre os amigos cortam-se os gastos com estacionamento e combustível; e garante um retorno seguro. Hoje, em qualquer lugar da cidade existem pontos fixos de táxi próximos às regiões de bares, restaurantes e casas noturnas.

Dirigir com consciência e responsabilidade, assim como conhecer e evitar os fatores que mais levam às ocorrências de acidentes são atitudes importantíssimas, mas que, infelizmente, nem sempre são levadas a sério.

Para que esse problema seja resolvido é preciso continuar investindo na educação de trânsito para que motoristas e pedestres tornem-se mais conscientes e responsáveis em relação às atitudes no trânsito.

Portanto, bebida e direção: jamais! O álcool reduz a percepção, causa lentidão dos reflexos e diminui a consciência do perigo. Por isso, se beber, não dirija! Respeitar as leis é um dos pontos principais para a harmonia no trânsito. E que a população tenha consciência sobre os riscos da fatídica combinação álcool e direção.

(*) Jean Saliba é engenheiro civil e diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito da Capital.

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