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Brasil: novos rumos

Por Fábio Coutinho de Andrade (*) | 19/05/2011 11:00

Vivemos atualmente, no Brasil, um “boom” na economia. Em todos os setores, seja no comércio, na indústria, na prestação de serviços, houve um crescimento exponencial.

As montadoras de veículos, por exemplo, estão encontrando dificuldades para atenderem a demanda dos consumidores. Em nossa Capital morena, teremos esse ano a inauguração de mais um “shopping”, enquanto outros mais serão construídos.

Com toda essa alavancagem econômica e social, não é de se estranhar que vivenciamos uma nova era, que, se traz muitos benefícios, também não deixa de ter suas mazelas. Isso é um processo natural, mas devemos acompanhar “pari passu” os seus efeitos, para minorar suas conseqüências indesejáveis e, mesmo, não nos tornarmos vítimas delas.

Explicando: se há maior demanda pela compra de imóveis, tal fato acarreta o encarecimento do valor do metro quadrado; se a população possui maior poder aquisitivo e crédito no mercado, torna-se consumidora, colocando em circulação a moeda, podendo com isso ocasionar o retorno da inflação e o aumento na taxa de juros; e assim por diante. São efeitos reflexos de uma economia forte e estruturada.

Mas, apesar de tudo isso, ainda somos um país de terceiro mundo ou, como se diz nos dias de hoje, um “país em desenvolvimento”: o atendimento à saúde é extremamente deficitário; a educação pública encontra-se em um nível de se lastimar; a segurança pública requer maiores investimentos por parte dos nossos governantes; as substâncias ilegais (drogas) atingem nossos jovens em uma proporção cada vez maior; enfim, ainda há muito o que se fazer para podermos angariar um lugar entre os países realmente desenvolvidos.

É sabido que a infra-estrutura define a super-estrutura, ou seja, para que possam haver melhorias palpáveis em todos os setores supra-mencionados, é preciso haver investimento e comprometimento, pois só assim será possível atingirmos os níveis requeridos pelas organizações mundiais, que aferem os níveis de desenvolvimento.

E, para que isso seja feito, é preciso haver a conscientização por parte dos cidadãos, pois a democracia é o governo “do povo, pelo povo e para o povo”, e não para o benefício dos governantes.

Até quando o Brasil irá permanecer deitado em berço esplêndido?

(*) Fábio Coutinho de Andrade é advogado, especialista em Direito Penal.

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