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Cursos técnicos são opção de investimento em educação mesmo em momentos de crise

Por Diogo Richartz Benke | 20/12/2015 15:48

A crescente divulgação dos cursos técnicos e o grande alcance conquistado com programas federais como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) fez com que o mercado e as empresas valorizassem ainda mais o papel dos profissionais técnicos qualificados e especializados.

Com duração de um ano e meio a dois anos, os cursos técnicos são a melhor alternativa para jovens que buscam colocação no mercado e profissionais que estão atrás de novas oportunidades. No período do curso, além das aulas teóricas o estudante trabalha em laboratórios e faz treinamento ou estágio em empresas para que saia da instituição como um profissional completo.

Em uma comparação simples, um curso técnico na área de administração sai em média 60% mais barato que um curso de graduação na mesma área. Ou seja, além de conseguir se colocar no mercado de forma mais rápida, os estudantes ou profissionais ainda economizam sem deixar de investir em sua carreira.

Apesar da redução de vagas do Pronatec, que oferecia grande quantidade de bolsas gratuitas e só no Paraná teve a variação de -86% e em Curitiba de -91,13%, as instituições de ensino técnico possuem ainda outras alternativas para garantir a oferta de mão de obra no mercado e suas salas cheias. São várias as opções disponíveis, entre parcerias com instituições financeiras e crédito próprio, os estudantes que buscam qualificação rápida e barata ainda conseguem parcelar e financiar as mensalidades em até o dobro do período do curso.

A vantagem para os estudantes é, além de garantir os estudos, poder contar com condições mais flexíveis de financiamento, renda familiar superior à exigida por programas como o Pronatec e FIES e maior mobilidade no pagamento e renegociação das parcelas.

A contínua inserção de técnicos no mercado é fundamental para que o Brasil cresça e se recupere do período de crise. Enquanto o mercado brasileiro conta com apenas 9,5% de técnicos como mão de obra, em outros países da América Latina com estrutura similar à nossa o percentual chega a 30%. Em países mais desenvolvidos esse índice chega a 60%. O investimento na área e formação constante de profissionais é fundamental para mudança deste cenário e contínua inserção desses profissionais no mercado.

Mesmo com o enxugamento na quantidade de cursos ofertados e a redução de turmas, o atual cenário fará com que o mercado se adapte e esteja pronto para os desafios de 2016, que precisará de profissionais ainda mais qualificados e preparados.

Diogo Richartz Benke é diretor corporativo de Cursos Técnicos do Grupo Marista e Diretor Geral do TECPUC.

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