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Mulher Bombril

Por Heitor Freire (*) | 07/09/2013 09:05

As infinitas capacidades de que são dotadas as mulheres são motivo de constante análise e avaliação por minha parte. Sou um entusiástico admirador delas. Na condição de casado há mais de cinquenta anos e pai de sete filhas maravilhosas sou testemunha ocular do que afirmei acima. Sou grato a Deus por tudo, mas principalmente por viver rodeado por mulheres de todos os lados. As mulheres são seres que aprenderam desde o começo que a flexibilidade é a palavra chave no processo do crescimento.

Encontrei no dia 24, no Parque das Nações Indígenas,a Odilene, moça que se casou com meu sobrinho Fernando Pacheco, coronel do Exército. Ela mesma se identifica com o título deste artigo: Mulher Bombril. Ela é graduada em história pela UCDB, e antes disso vendia roupas que comprava na 25 de Março, em São Paulo.

Pois bem, o Fernando é pára-quedista e faixa preta de caratê. Logo depois do casamento Odilene começou a treinar saltos e hoje é uma pára-quedista de corpo e alma. No caratê já conquistou a faixa amarela. Aprendeu orientologia, esporte que busca adestrar seus adeptos no sentido da orientação num terreno desconhecido.

Ela ocupa hoje o 4º lugar no ranking nacional da Confederação Brasileira de Orientologia. Faz trabalhos de pedreiro em casa. Mãe zelosa, educa a filha Agatha com toda atenção e disciplina. Por minha sugestão, dada a sua imensa capacidade de convencimento, está terminando o curso de técnica em transações imobiliárias e como estagiária já está trabalhando com êxito. Será uma corretora de imóveis de muito sucesso.

Nesse dia que a encontrei, estava ajudando na produção do SESI Bonecos do Mundo. É a verdadeira mulher bombril. E por quê? Porque tem mil e uma utilidades.

Essa mesma identificação encontro na maioria das mulheres com quem convivo e conheço. A minha mulher, Rosaria minhas filhas, Valéria, Andréa, Raquel, Alessandra, Flávia e Thais, minhas cunhadas Gilda e Isabel, são todas exemplos de mulher bombril.

Se eu fosse citar todas as mulheres que conheço com essa característica, faltaria espaço. Essa qualidade é inerente ao ser feminino: a capacidade de fazer muita coisa diferente ao mesmo tempo, acrescida da condição divina de gerar seres humanos e educá-los, lhes dá o grande diferencial em relação ao homem. Sem elas nós todos estaríamos fritos.

Outra capacidade que identifico nas mulheres é a de vencer obstáculos. No dizer de Rui Barbosa, citado pelo professor Hildebrando Campestrini, a água, ao encontrar um obstáculo pára, procura contorná-lo, se avoluma e depois de muitas e inúmeras tentativas, passa por cima. Vejo também na mulher essa capacidade. Ela é muito mais eficaz que o homem. Dê a ela um problema que ela vai buscar uma solução. Se algum dia você precisar anotar alguma coisa e não tiver uma caneta, procure uma mulher com o cabelo preso. Provavelmente terá uma, prendendo seu cabelo.

A crença popular afirma que, na hora de realizar diversas tarefas simultâneas, não há quem vença as mulheres. Elas podem falar ao telefone, conferir o Facebook, pentear o cabelo e ainda brincar com um cachorro, tudo isso ao mesmo tempo, sem qualquer problema — enquanto isso, seres do sexo masculino teriam dificuldade até mesmo para participar de uma conversa enquanto amarram o tênis. Não precisamos exagerar também, não é?

(*) Heitor Freire, corretor de imóveis e advogado

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