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Orgulho de ser professor

Por Ruy Sant’Anna dos Santos (*) | 12/03/2013 15:59

A Fundação Victor Civita, em 2009, apresentou ao Brasil o resultado de uma pesquisa feita pela Fundação Carlos Chagas. Revelou-se o que já se sabia pela observação popular: diminuía sensívelmente o desejo dos estudantes quererem seguir o magistério.

Analiso aqui a profissão que já foi o sonho de realização das famílias brasileiras: o magistério, nas décadas de 60 e 70 do século passado.

Assim, a decisão e atitude do governador André Puccinelli ao se entender com o presidente da Fetems Roberto Botarelli para que se chegasse à importante decisão de elevar salários dos professores e diminuir-lhes a carga horária, com a abertura de 1.200 vagas; com idêntica solução salarial para os servidores do administrativo das escolas e novo concurso, foi definitivo.

Mudanças estruturais não se fazem num piscar de olhos, mas se firmam em decisões e atitudes expressas de maneira eloquente e decisivas. Falo aqui da profissão que até há pouco tempo estava desvalorizada, a dos professores das escolas públicas estaduais.

O foco neste momento são os professores que continuam tão necessários para o país quanto o eram naquela época, porque depende deles a formação das gerações que estão aí e das que virão.

O Estado conta com professores competentes, responsáveis e verdadeiramente comprometidos com as causas da educação. Aí entra aquele conjunto de valores que historicamente compõem a personalidade dos educadores: vocação, dedicação, conhecimento e profissionalismo.

Não foram fáceis as tratativas para se estabelecer o aumento de salário, a redução das cargas horárias, se abrir novas 1.200 vagas para professores, e abrir mais vagas para preenchimento por concurso dos servidores administrativos, com melhorias salariais.

Agora, já estão adiantados os estudos para a realização do concurso dos funcionários administrativos em educação. É necessário um tempo para a organização dos novos administrativos nas escolas, para que a Secretaria saiba quantas vagas ainda necessitam para realização de um novo concurso.

O concurso público para professores da Rede Estadual de Ensino é a penúltima pendência do Pacto de Valorização da Educação Pública, firmado entre a Fetems e o governo do Estado, em 2012.

A Secretaria de Administração e Educação mobilizam-se levantando as necessidades de vagas para os servidores administrativos. Muito em breve, pelo que se sabe, será realizado também o concurso dos administrativos em educação.

Através desse acordo, finalmente o governo do Estado consegue quebrar a corrente da submissão que tanto mal fez à profissão do magistério.

O estigma de que a profissão de professor era um sacerdócio.

Que nunca mais ninguém se refira com tal palavra ou carimbo, aos mestres e mestras, pelo menos quanto aos servidores estaduais.

Que a educação tenha a qualidade esperada. Mas que os professores sejam, acima de tudo, bons profissionais, com recompensa adequada, mas também avaliação e cobrança compatíveis com a importância do cargo.

Que fique inapagavelmente escrita na consciência das pessoas do povo, e sobretudo na dos prefeitos, vereadores, governadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e presidente da República: sem os professores, não teríamos médicos, advogados, economistas, cientistas, engenheiros e outros diplomados, respeitados por todos os cidadãos.

Os professores são a célula mãe de todas as profissões.

Assim, diante do histórico acordo entre o governo do Estado e a Fetems dou-lhes hoje o meu bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna dos Santos é jornalista e advogado.

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