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Praxis, corrupção e loucura

Por Valfrido M. Chaves (*) | 29/06/2012 11:04

“Temos que bater na tecla da corrupção e o apego à ideologia totalitária como doenças, como manifestações de loucura”.

A corrupção dos agentes do Mensalão seria ideologicamente justificada, pois seus agentes chamam-na de “práxis”, ou seja, ação revolucionária pela “Marcha da História”, ou seja, eliminação da propriedade privada e instauração do socialismo marxista-leninista.

A mentira, a corrupção, as invasões, a manipulação de pessoas simples seriam, para eles, motivo de orgulho pessoal.

Daí a insensibilidade moral com que negam o mensalão, ou o caso dos “aloprados”, o bancoop, coisa que cabe a nós não deixarmos esquecer.

Mas por quê doença?

Porque ao romper, violar a moral vigente, eles se sentem acima do bem e do mal, se sentem deuses, com direito a tudo, pois são “condutores da humanidade”. O fracasso do “socialismo real”, em todos os países em que foi estabelecido, não os afeta e, pelo contrário, comprovaria a perfeição de sua crença: por equívoco, o socialismo foi estabelecido em nações atrasadas e não naquelas já na última etapa do sistema capitalista, conforme previu Marx.

São pessoas que entram nesse delírio para compensar o sentimento de menos valia que carregam, portanto, encobrir a baixa auto estima que os martiriza.

Quando alguém não mente por sua causa, eles o denominam de “moralista”, que é aquilo que nós seríamos por considerarmos o mensalão uma imoralidade.

Para eles, mentir ou corromper é uma “grandeza”.

Errados, limitados seriam aqueles que não alcançam compreender a grandeza de suas “práxis”.

Por trás da mentira, da corrupção, há um delírio coletivo mediado por uma ideologia onipotente e pela seleção de indivíduos que necessitam dessa “bengala onipotente”, bem como de um líder onipotente. São os “anestésicos” de sua dor.

Se o líder deles deixar de manifestar-se de modo “todo poderoso”, ele cai, pois entre liderança e militância há uma satisfação recíproca de necessidades pessoais que lhes permitem dizer: somos deuses!

É isso que temos de dizer-lhes, eles se desequilibram.

Xingá-los é o que eles querem, porque o nível cai e quem fica mal é a gente.

Mudando de assunto: alguém sabe se é verdade que o apelido do homi, no tempo dos sindicatos, era “Mentira”? (desculpem-me pelo moralismo de querer saber se algo seja ou não verdade...)

(*) Por Valfrido M. Chaves é psicanalista.

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