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Tapa- buracos sim, e as galerias?

Por Ivo Campos (*) | 21/03/2011 09:00

Em todos os lugares que se passa a conversa é a mesma: Tomara que o tempo deixe a prefeitura realizar o serviço de tapa-buracos da cidade. Até ai tudo bem, embora esse serviço seja um paliativo ele irá oferecer um pouco mais de condições de trafegabilidade a todos de Dourados e região.

Mas até quando vai durar essa prática em Dourados. Se a recuperação da malha asfáltica só com serviço de tapa-buracos tem pouca durabilidade. É Claro que pode durar três meses, seis meses um ano, e daí? Será que os cidadãos que pagam religiosamente os impostos não merecem um conforto mais duradouro?

Ressaltamos que isso pode não ser uma regra, mas que a rede de drenagem pluvial pode influenciar na durabilidade, disso penso que quase ninguém tem mais dúvida. Se isso não fosse necessário não existiriam até leis que hoje proíbem a execução de serviços de pavimentação asfáltica sem antes construir a rede de galeria para captação de águas.

Não é preciso ser um especialista em obras para observar que nas ruas onde existem as chamadas bocas de lobos, bocas de dragão, etc., a pavimentação tem muito mais tempo de vida útil. Claro que existem exceções, principalmente nas partes baixas da cidade, onde essas galerias não dão conta de captar todo o fluxo d`água e a enxurrada sai arrancando o asfalto, além da umidade característica dessas áreas que comprometem o serviço.

Pensando realmente no futuro de Dourados seria mais sensato o prefeito e demais políticos de Dourados se mobilizarem para viabilizar recursos com vistas à implantação de galerias de captação da água das chuvas e as provenientes do uso residencial nas calçadas, visto que asfalto não combina com água parada.

Se o poder público investir nessa idéia poderá no futuro economizar recursos que poderiam ser utilizados em outros benefícios para a população como em saúde e educação, por exemplo.

Diante do exposto, entendo que a sociedade douradense e por consequência os políticos já estão maduros o suficiente para entender que se faz necessário a construção de obras mais duradouras e com a utilização de material de primeira qualidade.

Está na hora de todos se unirem no intuito de construir uma cidade descente. Talvez alguém esteja se perguntando: e o quebra-quebra que será feito para a realização desse tipo de serviço? Ora, Há bem pouco tempo a SANESUL quebrou o asfalto e até as nossas calçadas para que fosse implantado o serviço de esgoto e todos aceitaram.

Infelizmente é assim. Temos que aguentar as consequências e ainda ajudar pagar a conta. Se no passado foram construídos asfaltos sem antes construir galerias e redes de esgoto não significa que isso é natural. É preciso, no entanto, que seja corrigido.

Em se tratando de melhorar a qualidade de vida, vamos pagar o preço. O que não pode continuar é o cidadão pagar a vida toda por um serviço que não dura mais que quatro ou seis meses. Além dos incômodos que isso acarreta no trânsito, ainda somos obrigados a pagar empreiteiras constantemente para a realização de serviço.

Então que seja feito um serviço de galeria nos locais onde não têm. E a partir daí a Prefeitura faça um serviço de recapeamento ou reperfilamento do asfalto danificado, de preferência que exija a utilização de material de boa qualidade. Só assim teremos um pouco mais de paz no trânsito, menos riscos de acidentes, menos manutenção nos automóveis, etc. Não podemos mais permitir que um simples serviço de tapa-buracos se transforme em mina de ouro de empreiteiros e otras personas más...

(*) Ivo Campos é professor da Rede Municipal de Educação em Dourados (MS). campivo@homail.com

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