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Três lições para o profissional tirar da Olimpíada

Por Daniela do Lago (*) | 22/08/2016 09:21

Maior evento esportivo do mundo, os Jogos Olímpicos recebem os olhares de bilhões de pessoas a cada quatro anos. Neste mês, atletas dos quatro cantos do planeta se reúnem no Rio de Janeiro para competir por medalhas e entrar para a história, mas não é apenas pelo espetáculo e pela emoção que merecem a nossa atenção: eles também podem nos deixar lições muito valiosas para colocarmos em prática em nossa carreira.

Confira algumas dicas que podem ser aplicadas no nosso dia a dia de trabalho:

1 – Visão de futuro: para os atletas, uma Olimpíada sempre começa quatro anos antes, logo após que a anterior termina, e eles têm uma percepção muito clara de quais são os seus objetivos. Um bom exemplo é o nadador norte-americano Michael Phelps, que, antes dos Jogos de Pequim, em 2008, declarou que a sua meta era conquistar oito medalhas de ouro, pois o recordista anterior em um único evento, o seu compatriota Mark Spitz, tinha sete. Ou seja, Phelps foi específico em sua visão.

Mas o que podemos aprender com isso? Todo profissional, independentemente do ramo de atuação, precisa ter a sua própria visão de futuro, precisa traçar um plano de carreira para definir aonde pretende estar em um, cinco ou dez anos. E isso não depende apenas da empresa, mas, principalmente, do profissional. Afinal, se você não souber o que deseja, como vai alcançar suas metas?

2 – Equilíbrio emocional: é a tal “inteligência emocional”. Todos os atletas treinam muito e alguns deles chegam com chances iguais de subir ao pódio, mas o que será que faz a diferença para conquistar a tão desejada medalha de ouro? Certamente, é a forma como lidam com a emoção no momento decisivo.

Os atletas europeus, por exemplo, são vistos como “pessoas frias”, mas, na verdade, são mais concentrados e treinados no ponto de vista emocional. Quando tudo está bem, conseguimos ter ideias criativas, e os pensamentos bons fluem.

É isso que os atletas nos ensinam o tempo todo: precisamos ter inteligência emocional para lidar com os momentos de pressão e de crise. Assim como nas competições, o ambiente corporativo oferece técnicas e treinamentos semelhantes, porém uns “tropeçam” por falta de autocontrole, enquanto outros se superam para conquistar o sucesso.

3 – Disciplina: não adianta nada ter uma visão de futuro se não tiver disciplina para fazer acontecer. Ter concentração significa saber lidar com os fatos difíceis, pragmáticos e com a realidade. É fazer o sacrifício que for necessário para alcançar a meta. Cada atleta, durante quatro anos antes de uma Olimpíada, treina em média oito horas por dia – alguns treinam muito mais. Um dia sem treino é um segundo, um golpe ou um ponto para longe da medalha. Muitas pessoas desejam o sucesso profissional, mas não correm atrás de seus objetivos. Como disse Aristóteles, o grande filósofo grego, “nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

Ouça os conselhos de Aristóteles, se inspire na dedicação de Phelps e procure fazer tudo de forma excelente todos os dias. Assim como uma medalha de ouro, o sucesso no mundo corporativo não surge do nada, é preciso muita inspiração e, principalmente, transpiração.

(*) Daniela do Lago é coach de carreira, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora. 

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