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Um jogo de xadrez

Por Rosildo Barcellos (*) | 28/04/2012 09:31

13 de maio de 1988...começa o jogo. É um jogo de xadrez.

Mas que por mão mágica é movida. No entanto:os brancos saem na frente

Invejo a lucidez desse jogo porque mesmo não tendo toda a

decisão tenho a capacidade de influenciá-lo. E depois mais cedo ou

mais tarde tenho de aprender a respeitar a ordem natural das coisas e

mudar as peças para que joguem ao meu favor.

Mas acredito que na vida, apesar de tudo, a verdade e a

justiça sempre acabam por triunfar e sem pestanejar prossigo o ato, o

jogo continua...as peças pretas saem loucos para atingir a última

linha. sabe-se apenas que se regras forem violadas há o risco do peão

não chegar . Chega a hora de reunir o necessário e esquecer o

acessório conduzindo o destino de cada peça. Começo a perceber uma

regra de continuidade e de respostas em cada jogada. É o nosso

cotidiano.

Aprender a mover as peças é entender que dois exércitos

se enfrentam. São peças pretas contra as peças brancas e peças

brancas contra peças pretas e cada jogador tem 16 delas. Essa é a

nossa única diferença:não sabemos quanto tempo temos,quantos dias

teremos e não sabemos se obteremos chance de consertar o mal que

fizemos ou identificar qual foi a nossa “jogada errada” . Mas o

objetivo é o mesmo : fazer com que ao final o rei adversário fique sem

saída e abdique...é o xeque-mate.

Na vida real cada decisão nossa é um xeque-mate. Mas

algumas regras são importantes saber ! Por exemplo:uma pedra preta

será sempre uma pedra preta mas isso não interfere no jogo pois não

são somente as brancas que ganham. Um outro exemplo é o movimento do

cavalo: muitas vezes devemos desviar de algo para atingir nosso objetivo

e depois um terceiro exemplo: um peão que vira dama mesmo com toda a

movimentação diferenciada pode “morrer” nas mãos de uma outra

peça, mesmo que seja um imoderado e simples peão.

É assim é a nossa vida, tal qual um jogo de xadrez, nossas

idas e vindas, nossos problemas atribuladores a enfrentar. O jogo não

acaba sem angústia e sem perdas para ambos os lados. Cada ato nosso é

mais uma jogada, a favor claro do brilhantismo do jogo; a favor do

realce de matizes da vida, limites traçados para o amor em preto e

branco. 13 de maio de 2012; fim do jogo? Talvez? Entretanto um grande

fato nunca devemos esquecer ... o movimento de uma pedra interfere no

movimento das outras. E sem dúvida nenhuma o mais importante é a

surpresa do "Gran Finale" que particularmente me encanta: pedras brancas

e pedras pretas;a toda poderosa rainha, a esnobe torre,o filantropo

Bispo ou o humilde peão, sem outra alternativa, voltam para a mesma

caixinha!

(*)Rosildo Barcellos é articulista e Professor Da UCDC

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