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Você se preocupa com a questão do saneamento básico?

Por Elias Oliveira (*) | 20/06/2014 10:51

No últimos dias, temos falado muito na questão da escassez de água e no consumo consciente. No entanto, tão importante quanto é a qualidade e o tratamento da água que consumimos. Será que todos sabem que em 2004, por exemplo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,6 milhão de pessoas morreram por doenças relacionadas ao sistema inadequado de águas e esgotos?

Além disso, um levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) indica que, entre 200 países, o Brasil ocupa a 112ª posição em qualidade no saneamento básico. Estamos muito atrás de Argentina, Uruguai, Chile, Síria, Arábia Saudita e Egito.

Os dados são impactantes e, se levarmos em consideração que já contamos com um sistema de saneamento básico há 30 anos no Brasil, essa já deveria ser uma realidade muito distante de nós. Porém, a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, dos 5.564 municípios brasileiros, 116 deles ainda não contam com abastecimento de água por meio de uma rede geral. A maior parte dessas cidades estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste.

Consequentemente, ocorrem as doenças típicas de países em desenvolvimento, como a diarreia, que é apontada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Mundial de Saúde como a segunda maior responsável pela morte de crianças menores de 5 anos de idade.

Nesse sentido, quando pensamos na desinfecção de água, é preciso analisar o trabalho feito por companhias do setor público e privado para combater o problema. Afinal, existem muitas empresas engajadas em contribuir com a saúde da população e, para isso, trabalham com sistemas altamente eficazes e seguros.

Como exemplo, temos o uso do Cloro Gás e do dióxido de cloro, o DIOX, para desinfecção de águas e esgotos. São dois dos responsáveis pela melhoria da qualidade da água e diminuição de doenças provocadas por micro-organismos ao longo desses anos.

Para os próximos anos, a missão nacional é erradicar o problema, investindo na conscientização e no aprimoramento de sistemas em todas as cidades brasileiras. A meta do governo federal é que na década de 2030 o acesso aos serviços de saneamento básico sejam universalizados. Para isso, é calculado um investimento de R$ 313 bilhões, cerca de R$ 16 bilhões por ano.

Vale destacar também que, de acordo com a OMS, a cada R$ 1,00 investido em saneamento, são economizados R$ 4,00 em saúde. Por isso, esse é um trabalho que deve ser feito em conjunto, iniciativa privada e sociedade civil, em prol de um benefício maior: uma sociedade desenvolvida, livre de doenças, com mais qualidade de vida e, claro, um planeta mais limpo.

(*) Elias Oliveira é Gestor Institucional da Beraca – empresa brasileira que atua no setor há 57 anos - coordenador de Grupos de Trabalho da Abiclor (Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados)

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