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Cidades

Com casos em alta, infectologista alerta que dengue pode gerar outras doenças

Dengue pode levar a quadros como hepatite e até mesmo complicações em doenças como diabetes e hipertensão

Por Mylena Fraiha | 15/02/2024 18:42
Mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Com o aumento nos casos de dengue em Mato Grosso do Sul, infectologistas alertam que casos graves da doença podem levar a quadros como hepatite e até mesmo complicações em doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão arterial.

Importante ressaltar que nesta quinta-feira (15), o alerta de alto incidência de dengue aumentou para dez municípios de Mato Grosso do Sul, conforme dados do Boletim Epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), nesta quinta-feira (15). Há uma semana eram apenas seis cidades no vermelho.

Chapadão do Sul é a cidade que acumula mais casos, registrando 143; em seguida está Costa Rica com 82; e Dourados com 45. Em Campo Grande tiveram 18 registros.

De acordo com a médica infectologista Mariana Croda, a dengue, apesar de ser comum e já conhecida pela população, pode ser altamente debilitante em sua forma aguda. Segundo ela, a pessoa pode ficar incapacitada de realizar tarefas simples do dia a dia e gerar complicações graves.

“A pessoa não consegue cumprir suas atividades, seja no trabalho, seja na escola, e permanece ainda um período prolongado de convalescença até a recuperação completa. Uma parte desses pacientes pode ter complicações graves, como sangramento, pressão baixa e outras adversidades”, explica a médica infectologista.

Mariana explica que, em alguns casos, a dengue pode complicar quadros médicos preexistentes. “Pode complicar doenças como diabetes, hipertensão arterial, problemas de coagulação, e também causar complicações como hepatite, alterações respiratórias, cardiovasculares e até neurológicas”.

Prevenção - Diante desse aumento de casos, a infectologista explica que uma conjunção de fatores, como a proliferação do mosquito Aedes aegypti e condições climáticas favoráveis, tem contribuído para o aumento dos casos em Mato Grosso do Sul e em outras regiões do país.

Segundo Mariana, a receita segue a mesma: combate ao mosquito Aedes aegypti, o vetor da doença. “O combate à doença é feito de várias formas, uma delas é controlando o vetor, que é um papel muito importante individual de cada um”.

Atualmente, a população também pode contar com a vacina QDenga, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda. O imunizante foi aprovado pela Anvisa em março de 2023 e disponibilizado para venda em julho do mesmo ano. Sua eficácia global contra infecção é de 60% a 80%, enquanto a eficácia contra formas graves é de 85% a 90%.

“Agora, temos outra modalidade de prevenção, que é a vacina. Temos muita esperança de que este seja um ano com menos complicações e óbitos pela doença, justamente devido à introdução dessa nova vacina”, explica Mariana.

Em Mato Grosso do Sul, 76 municípios receberam 69.570 doses da Qdenga no último sábado (10). Os únicos que ficaram de fora são Ladário e Corumbá, que estão com média incidência para a doença. Dourados também não vai receber pois deu início ao projeto.

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