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Cidades

Agentes penitenciários fazem um dia de paralisação

Redação | 03/06/2009 12:05

Amanhã, a partir das 8h, os agentes penitenciários farão um dia de paralisação no Presídio de Segurança Máxima da capital. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Fernando da Anunciação, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para a falta de servidores.

"A sociedade precisa ter conhecimento do que está acontecendo lá. Precisam saber que, se uma fuga chegar a acontecer, não será uma falha nossa, a culta será do Estado", diz o sindicalista. "Segurança pública não é só comprar viaturas", completa.

De acordo com Anunciação, hoje os plantões na Máxima têm entre onze e doze agentes. "Isso é um absurdo", desabafa. Ele diz que a quantidade mínima ideal para se manter a segurança no presídio seria de 45 servidores, isso levando em conta o tamanho da penitenciaria e a quantidade detentos que cumprem penas lá, que hoje chega a quase 1.700.

Sem saber - Em resposta a ação dos agentes, o secretario de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, disse que até agora não recebeu nenhum comunicado de paralisação. Ele argumenta que a manifestação é injustificada, pois a classe teve suas reivindicações salariais atendidas.

Segundo Jacini, no Estado são 160 agentes penitenciários distribuídos em vários estabelecimentos penais. "Número muito maior do que aquilo que ouvi dizer que o sindicato está falando. Isso [a paralisação] deve ter outro fundo, outra razão", especula.

Questionado se o sindicato já havia apresentado as reivindicações à Secretaria de Justiça anteriormente, Anunciação disse: "eles sabem do problema muito melhor do que a gente, mas nada acontece".

O presidente especula que, com mais 800 policiais militares nas ruas, os quais entraram em serviço no mês passado, as prisões vão aumentar e, consequentemente, "os presídios ficarão superlotados".

"Até agora, o governo só vem maquiando o problema, sem procurar uma solução", afirma o sindicalista, lembrando que o Ministério Público e a Promotoria de Execução Penal já foram avisadas sobre as condições da Máxima.

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