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Cidades

Alvos de ação, médicos ameaçam parar em Cassilândia

Redação | 19/08/2010 13:15

Alvos de uma ação do MPE (Ministério Público Estadual), médicos que atuam no Programa de Saúde da Família em Cassilândia ameaçam parar o atendimento a partir desta tarde. Ação é fruto de uma auditoria realizada pela Controladoria Geral da União em 2008 que constatou que mesmo contratados pelo Município, os médicos prestaram serviço em outros locais no horário de expediente.

A paralisação dos profissionais é uma resposta à ação protocoloca no dia 30 pelo Ministério Público Estadual contra os médicos médicos Carlos Roberto Lucenti Geremonte, Eltes de Castro Paulino, José Aparecido Parreira, José Quaranta Filho, Luiz Umberto Cardoso, Michael Viana Cotrim Moreira, Paulo Cézar Abud e Sandro Roberto Esquerdo.

O MPE alegou na ação que os médicos são contratados pelo município de Cassilândia e perceberam remuneração para a prestação de serviços médicos, porém, em várias oportunidades, "em razão de atuarem em outras localidades, deixaram de prestar o serviço contratado com o Município local, assim em prejuízo ao sistema único de saúde e ao patrimônio público".

O Ministério Público afirma ter havido "lesão ao patrimônio público por que foi o Município de Cassilândi quem pagou por estes serviços prestados". A ação afirma, ainda, que na maioria dos casos de jornadas simultâneas, o profissional recebeu do próprio Município em ambos os locais de trabalho, restando inegável o dano ao erário municipal. Ação é fruto de uma auditoria realizada pela Controladoria Geral da Uniãoem 2008

O secretário Municipal de Saúde de Cassilândia, Linauer Queiroz, reconhece a situação. "O que nós temos de alertar e esclarecer a população e até o próprio Ministério Público, é que é impossível manter o médico 40 horas com a estrutura e o salário que podemos pagar. Isso acontece em todos os estados da federação do Brasil. O governo federal repassou a responsabilidade para o município, mas não repassou o dinheiro".

Para ele, a ação vai gerar um desgaste muito grande."Estou tentando resolver situações antigas e estou pegando situações novas. Estou renovando contratos, e agora o profissional vai exigir um valor para poder ficar por aquele período no município. Até dia 28 eu tenho de negociar esses contratos com os médicos, e eu não sei o que vai acontecer", afirmou.

"Um profissional que atende PSF deve atender 8h diária (44h semanal). Nas demais 16h ele pode fazer o que quiser. Aí acontece de um profissional tentar cobrir o horário de outro, mas eles fazem isso em harmonia. O que importa para a população é ser atendida por um médico. Em Cassilândia não tem fila de agendamento. Você chega e é atendido. Por duas vezes na semana tem cirurgia", justifica.

A comunicação sobre a paralisação já teria sido verbalmente ao secretário e a previsão é que seja oficializada hoje.

(Com informações do Cassilândia News)

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