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Cidades

Amigos de garoto espancado fecham rua em protesto

Redação | 17/11/2009 18:07

Cerca de 50 pessoas, entre amigos e familiares do adolescente Nicholas Barbosa Cesco, de 16 anos, que morreu depois de ser espancado por um grupo de sete adolescentes, na madrugada do último sábado (14), fecharam uma rua hoje em protesto pela morte do garoto.

Eles bloquearam a principal via de acesso ao bairro Coophasul, a rua Cotegipe, no sentido bairro centro, em manifestação pacífica, com faixas pretas e cartazes com a foto de Nicholas, pedindo justiça. "Será que vai ficar impune?", diz um dos cartazes.

A manifestação teve início às 16h30, na Associação de Moradores do bairro, onde o jovem será velado. Os amigos e familiares se reuniram no local, e de lá seguiram para a rua por onde irá passar o corpo para o velório.

Organizador da manifestação, o adolescente Bruno Xavier, de 17 anos, conta que o movimento foi organizado para mostrar a revolta dos amigos pela brutalidade que envolveu a morte do garoto.

Maruan Rodrigues Nogueira, de 18 anos, conta que era um dos melhores amigos de Nicholas, mas no dia em que ele foi espancado havia ido para outra festa, motivo pelo qual não estava junto com ele.

Ele afirma que Nicholas era um menino tranquilo, e que costumava sair apenas por perto do bairro. "A gente quer Justiça, foi uma crueldade o que fizeram com ele", lamenta.

René Júnior, de 19 anos, diz que conhecia o garoto há anos, e que ele era um bom menino. Nicholas trabalhava em um lava-jato no bairro.

Apontada pelos amigos como a namorada dele, Gisele Alexandre, de 15 anos, não consegue sequer comentar a morte, chora muito e aparenta estar transtornada.

Versão - Na versão dos amigos de Nicholas, que estavam com ele no momento do espancamento, ninguém fugiu do local enquanto ele apanhava. Eles dizem que ficaram e brigaram juntos, mas que em determinado momento Nicholas foi atingido por uma pedrada na cabeça.

Os garotos reclamam que não receberam nenhuma ajuda após a briga, e que os seguranças que estavam no local não socorreram o adolescente que ficou ferido. Um dos amigos é que teria arrastado ele até um ponto de ônibus.

O garoto, de 17 anos, diz que uma viatura da PM (Polícia Militar) passou por eles, mas se negou a ajudar porque tinha outra ocorrência para atender. Foi quando os amigos acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Nicholas saiu já com quadro de traumatismo craniano, mesmo assim foi levado para o posto de saúde da Vila Almeida de onde foi encaminhado para a Santa Casa.

No hospital, ele foi internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva), com coagulo no cérebro, inchaço na bolsa escrotal e outras lesões. Na unidade, ele passou por exames que comprovaram a morte neurológica.

A delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), que cuida do caso, passou a tarde em diligências e ficou de apresentar posteriormente informações sobre os autores da agressão.

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