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Cidades

Aos poucos, alunos voltam às aulas; paralisação continua em 70% das escolas

Paula Maciulevicius | 16/03/2012 08:07

Segundo a Fetems, paralisação no interior o índice é ainda maior, de 90%

Em frente à escola municipal Arlindo Lima, pais e alunos comentavam os prós e contras do movimento.(Foto: Marlon Ganassin)
Em frente à escola municipal Arlindo Lima, pais e alunos comentavam os prós e contras do movimento.(Foto: Marlon Ganassin)

Na manhã desta sexta-feira a movimentação em frente às escolas públicas foi, aos poucos, tomando forma. Diferente dos outros dias, por volta das 7h da manhã o que se via eram alunos e pais retornando à rotina. Segundo a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) a paralisação continua em 70% das escolas da Capital, no interior o índice é ainda maior, de 90%.

Em frente à escola municipal Arlindo Lima, pais e alunos comentavam os prós e contras do movimento. “Do ponto de vista do aluno não é bom, mas infelizmente a coisa só se resolve assim, com paralisação. Olhando por esse ângulo a reivindicação deles é justa, as autoridades não valorizam”, diz o microempresário Moisés Batista da Silva, 40 anos, pai de um aluno de 6 anos.

A escola informou que aderiu ao movimento apenas nessa quinta-feira (15), mas que todos os alunos e pais estavam avisados.

“Foi bom pelo falo de que eles fizeram isso por todos, não só por eles, mas pela educação”, defendeu a estudante do 9° ano, Keila Garces, 13 anos.

A mesma opinião é compartilhada pela assessora Gisele Xavier, 29 anos. Mãe de uma filha de 6 anos, hoje ela trazia a menina de volta à escola, depois de explicar em casa a importância da paralisação.

“Ela perguntou e eu falei que é uma reivindicação justa pela carga de horas que eles tem e também a tarefa de lidar não só com o teórico, mas o psicológico também”, conta.

Para alguns pais, reivindicação foi justa. (Foto: Marlon Ganassin)
Para alguns pais, reivindicação foi justa. (Foto: Marlon Ganassin)

A avó Nadir de Oliveira, 58 anos, foi quem trouxe os netos de volta à escola. A mais velha, Jéssica Guidini, 9 anos, disse que sabia o motivo da paralisação e nem se incomodava em ter que repor aula, mesmo que fosse aos sábados.

“Não tem nem o que falar, se eles estão ganhando mal, precisam parar, é importante”, ressaltou dona Nadir.

Paralisação - Mais de 10 mil trabalhadores em educação de todo o Mato Grosso do Sul tomaram as ruas de Campo Grande, nessa quinta-feira, na luta por melhorias na educação pública brasileira. A passeata organizada pela Fetems saiu da praça do Rádio Clube, na Afonso Pena, como parte da mobilização.

Desde quarta-feira, escolas da rede pública pararam para reivindicar a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação), aplicação na íntegra da lei do piso, a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação e 1/3 da carga horária voltada para a hora atividade para planejamento de aulas.

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