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Cidades

Após mortes, Agetran reforçará fiscalização em bairros

Redação | 21/04/2010 09:50

Após duas mortes de motociclistas nos últimos dois dias, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) vai reforçar as ações de fiscalização nos bairros de Campo Grande.

De acordo com o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade, em geral, as mortes em acidentes vem diminuindo, mas os motociclistas ainda são as maiores vítimas do trânsito.

Na segunda-feira, Diogo da Mota Rodrigues, 23 anos, morreu no cruzamento das ruas Joaquim Murtinho e Afonso Lino Barbosa, no bairro Chácara Cachoeira. Ele perdeu o controle da moto e caiu ao fazer uma curva.

Ontem, Jomar Vieira da Fonseca, de 21 anos, morreu ao bater sua motocicleta Honda Titan, em um muro de uma casa localizada na rua das Balsas, bairro Estrela do Sul.

Segundo Rudel, nos bairros, as pessoas acreditam que como vão percorrer pequenas distâncias, não há risco de acidentes. "Tem pessoa que não acredita que acidente com morte aconteça em bairro", salienta.

Também é comum que pessoas não habilitadas sejam flagradas na direção de veículos ou pilotando motocicletas. A Agetran iniciou blitz nos bairros no mês passado. Agora, as prioridades serão as regiões do Pioneiros,Guaicurus, avenida dos Cafezais e bairros localizados na saída para Aquidauana.

"Em bairro é normal pegar uma moto sem carteira e sair", afirma o pintor Jean Dias, de 34 anos, morador do Tiradentes. Ele mesmo é um exemplo dessa situação. Depois de quatro anos pilotando moto, só agora Jean está tirando CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Segundo ele, a maior dificuldade é a financeira.

"O serviço era muito longe de casa, ficava cansado de ir de bicicleta. Mas não tinha condições financeiras, tinha o aluguel, pensão". A situação irregular já resultou em uma moto apreendida. "Já perdi uma moto. Fui pego em uma blitz", relata.

Funcionário de uma oficina mecânica de motos, o motociclista Rodrigo Lourenço, de 28 anos, conta que metade dos clientes que frequenta o local, no bairro Dalva de Oliveira, não possui CNH. "Aos invés de tirar habilitação, primeiro compram o veículo".

Rodrigo, que é motociclista há 10 anos, defende que as aulas práticas sejam feitas nas ruas e não somente no pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). "Aqui fora é diferente. O trânsito é caótico".

Com a moto emprestada de um primo, o agente de informática John Antônio Alves, de 20 anos, conta que priorizou a CNH. "Só pilotei depois de ter a habilitação".

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