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Cidades

Aprovada garantia de exame ecocardiograma aos recém-nascidos com Down em MS

Paula Maciulevicius | 07/07/2011 18:17

Com Ecocardiograma é possível avaliar condições cardiovasculares do recém-nascido e encaminhá-lo a Habilitação

Mãe da pequena Laura, 3 anos, soube no 9° mês de gestação que o bebê tinha problema no coração. (Foto: Arquivo, João Garrigó)
Mãe da pequena Laura, 3 anos, soube no 9° mês de gestação que o bebê tinha problema no coração. (Foto: Arquivo, João Garrigó)

Aprovada em 2ª discussão o projeto de lei que garante de forma gratuita, o exame ecocardiograma aos recém-nascidos com Síndrome de Down em Mato Grosso do Sul.

O exame é essencial para avaliar as condições cardiovasculares e encaminhar a criança portadora da síndrome ao tratamento adequado.

Estima-se que 50% dos bebês com Down nascem com alguma complicação no coração e são impossibilitados de receber o estímulo precoce para desenvolver a fala e coordenação motora sem o exame.

A presidente da Sociedade Juliano Varela, Malu Fernandes, destacou a importância da lei na vida das crianças. “Este projeto vem ao encontro de nossa luta, nossa missão de levar qualidade de vida a essas crianças, que com problema cardíaco não conseguem mamar, não ganham peso e não podem ser estimuladas”, ressaltou.

No dia 17 de maio, o Campo Grande News entrevistou a dona de casa Ana Cristina da Silva, 36 anos, que só ficou sabendo que a filha tem Síndrome de Down quando a criança nasceu, mas no 9° mês de gestação teve a notícia que seu bebê tinha problema no coração.

“Quando eu passei a fazer tratamento de estimulação precoce na minha filha, conheci uma mãe que perdeu o bebê com um ano por causa de doenças no coração”, disse.

Ana contou que imediatamente o pediatra encaminhou a filha Laura, agora com 3 anos, para acompanhamento com um cardiologista. No primeiro exame o médico já constatou que a criança tinha sopro no coração e teria que fazer uma cirurgia. Com seis meses, Laura fez uma operação para colocar uma fita no coração e impedir que o sangue chegasse até o pulmão.

Nos primeiros meses, Laura tinha acompanhamento mensal com pediatra cardiologista. Depois que foi feita a cirurgia, as consultas diminuíram de ano em ano.

“Eu sei que qualquer pessoa pode nascer com sopro no coração, mas a criança de Down é mais sensível a esse tipo de doença. Quanto antes ser diagnosticado o problema, mais cedo a criança começa a ser estimulada e correrá menor risco de morrer”, explicou.

Em entrevista anterior, Malu Fernandes ressaltou que as mães aguardam um longo tempo nas filas para conseguir realizar o exame em seus bebês e enquanto isso sofriam por não saberem se o bebê apresenta problema cardíaco. O ecocardiograma é o exame mais indicado para detectar problemas anatômicos. Conforme Malu, cerca de 70% das crianças que frequentam a entidade nasceram com algum problema cardíaco.

Para o deputado estadual autor da lei, Zé Teixeira (DEM) é muito gratificante saber que a proposta beneficiará as crianças e toda a família do portador da síndrome. “A Lei garantirá o exame possibilitando o tratamento precoce ao Down, assegurando-lhe o direito a uma vida de qualidade”, finalizou.

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