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Cidades

Bertin diz ter socorrido funcionários após vazamento

Redação | 22/12/2008 18:10

Em nota à imprensa divulgada há pouco, o frigorífico Bertin afirma que após vazamento de gás amônia na Unidade Industrial de Campo Grande, ocorrido no dia 25 de fevereiro deste ano, a empresa prestou atendimento médico a todos os funcionários que trabalhavam na hora do incidente. Segundo a empresa, 26 colaboradores trabalhavam na higienização da fábrica, sendo que nove foram encaminhados para o Hospital Regional Rosa Predossian.

Segundo informações contidas na nota, a unidade operava em caráter de teste para avaliação de performance e maquinários, quando o vazamento aconteceu. "Em nenhum momento os colaboradores foram expostos à situação de constrangimento ou de risco de morte", diz a empresa.

Ação pública ajuizada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) contra o frigorífico Bertin, determina que seja aplicada multa no valor de R$ 10 milhões e adoção de medidas para evitar novos acidentes. Segundo o MPT, mesmo com o risco de intoxicação, a empresa obrigou os 26 empregados da equipe de limpeza a continuar por horas no setor onde ocorreu o vazamento, "inalando o gás, mesmo depois que funcionários começaram a passar mal", reforça o órgão.

Com base em depoimentos, até situações de constrangimento foram detectadas. "Uma funcionária que estava passando muito mal já no jantar, por volta das 18h30, e que chegou a perder os sentidos mais tarde, foi ironizada pelo seu chefe, que disse para os empregados da equipe que ela estava naquela situação porque tinha comido muito, determinando que inclusive ela voltasse para trabalhar junto com os outros na sala de desossa do frigorífico, onde já era insuportável o cheiro da amônia", relata o procurador do Trabalho, Odracir Juares Hecht.

No dia do vazamento, o Campo Grande News também ouviu dos bombeiros reclamações sobre a dificuldade de entrar e acusaram o Bertin de ter barrado as equipes na portaria, "por cerca de 40 minutos pelos vigilantes, que inclusive, a princípio, disseram que não sabiam de qualquer vazamento", complementa o MPT. O socorro só foi garantido por volta das 22 horas, depois de praticamente os bombeiros invadirem o frigorífico, garante o procurador.

Em meio às denúncias e reclamações, a empresa reforça ainda que todas as ações da relacionadas à saúde, bem-estar e segurança de seus colaboradores têm caráter prevencionista e buscam priorizar a integridade física e emocional de suas equipes.

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