Caixas despachadas escondiam 126 quilos de pólvora
Cinco caixas despachadas em São Paulo com destino a Corumbá, município distante 426 quilômetros de Campo Grande, escondiam 126 quilos de pólvora. O material foi apreendido ontem, na sede da transportadora de Campo Grande, onde uma equipe da Secretaria de Fazenda fazia inspeção de rotina.
A carga de pólvora foi apreendida pelo Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Seqüestros), que apurou a origem e o destino do material. Segundo a Polícia, Rosângela Aparecida Teixeira, dona de uma loja de caça no Bairro Santa Efigênia, em São Paulo, é a remetente das caixas, destinadas à Maria Helena Roca Viana, que receberia a pólvora em Corumbá.
O endereço da destinatária estava errado, portanto, ainda não foi possível chegar à moradora de Corumbá para descobrir o que seria feito do produto. Para fazer o transporte de explosivos, é necessário que remetente e destinatário sejam cadastrados junto ao Exército Brasileiro, o que não foi feito.
Ainda não é possível apontar se o material seria usado com fins criminais, no entanto, os indícios de sonegação são evidentes.
A pólvora foi despachada como objetos de uso pessoal e não para finalidade comercial. Junto com a carga, foi encontrada uma nota na qual a remetente assegura que não existem mercadorias para fins comerciais, explosivos ou qualquer produto sujeito ao fisco.
Em análise preliminar, a Polícia aponta falsidade ideológica devido às informações falsas contidas no documento.
A pólvora tem queima de média para baixa velocidade. Somente comprimida tem efeito explosivo e precisa de um iniciador para destruir, por exemplo, uma parede ou um muro.