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Cidades

Campo Grande pode testar vacina contra a dengue em 2011

Redação | 06/08/2009 11:33

Campo Grande pode ser incluída na lista de cidades brasileiras que vão testar a vacina contra a dengue em 2011. Representantes do laboratório multinacional Sanofi-Pasteur estiveram na Capital nesta semana.

Segundo o médico infectologista Rivaldo Venâncio, a cidade reúne as condições necessárias para receber os testes: corpo clínico capacitado e registro de epidemia da doença. "Tem que testar a vacina em uma cidade que tem dengue, não adianta fazer teste em Porto Alegre, que não tem dengue hoje em dia", afirma o médico.

Vários laboratórios protagonizam uma corrida para desenvolver a vacina, mas o projeto do Sanefi-Pasteur é o mais adiantado. "Outras vacinas foram testadas, mas ainda não deram certo. De todas, aparentemente, esta tem as melhores respostas", conta.

Segundo Rivaldo Venâncio, o experimento, já testado em animais de laboratório, obteve aprovação da OMS (Organização Mundial de Saúde). Contudo, no Brasil, só poderá ser testado em seres humanos mediante aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Saúde) e da comissão nacional de ética em pesquisa do Conselho Nacional de Saúde.

A expectativa é que os órgãos se manifestem até dezembro deste ano sobre a liberação ou não dos testes da vacina.

Num cenário favorável, o teste piloto, em um grupo pequeno de pessoas, terá início em 2010. No ano seguinte, 2011, o teste será ampliado para uma quantidade maior de pessoas.

Os testes em seres-humanos permitirão saber a dosagem ideal da vacina e se será preciso reforço. Na América Latina, está prevista a participação de cinco países na pesquisa: México, Venezuela, Hondura, Brasil e Peru. A vacina é desenvolvida contra os quatros subtipos do vírus da dengue.

Enquanto a vacina é uma aposta a longo prazo, a dengue já é ameaça no presente. Em Campo Grande, há circulação dos tipos 1,2 e 3, o que aumenta o risco das pessoas registrarem formas graves da doença, principalmente as crianças. "Não podemos afirmar quer terá uma epidemia. Mas é sempre preocupante e uma situação delicada", reforça o médico.

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