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Capital

"Era muito tranquilo": amigos se despedem de fiscal morto a tiros

Viviane Oliveira e Julia Kaifanny | 17/08/2016 12:13
Velório do servidor da Prefeitura, na manhã desta quarta-feira, em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Velório do servidor da Prefeitura, na manhã desta quarta-feira, em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Orivaldo lamenta a morte do colega. (Foto: Fernando Antunes)
Orivaldo lamenta a morte do colega. (Foto: Fernando Antunes)

Amigos e parentes lamentaram, durante velório nesta quarta-feira (17), a morte do advogado e fiscal da Vigilância Sanitária Luiz Eduardo Lopes, 45 anos, executado com seis tiros, na manhã de terça-feira (16), na Avenida Raquel de Queiroz com a Rua da Divisão, no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande.

O fiscal sanitário Orivaldo Moreira, por exemplo, diz não acreditar até agora que Luiz foi morto com tamanha brutalidade. “Ele era uma pessoa tranquila, pelo menos no trabalho. Até o tom de voz dele era baixo. Luiz sempre manteve diálogo aberto, principalmente com o contribuinte”, conta.

Ele também diz não acreditar que o crime esteja vinculado com a função que o advogado exercia na Prefeitura. "A gente tem informação de que há anos Luiz se envolveu em briga de bar e que recentemente passou a ser ameaçado por conta disso". Onivaldo era colega de trabalho de Luiz há quase 30 anos. 

Outro conhecido, que não quis se identificar, conta que no ambiente de trabalho a vítima era conhecida por ser uma pessoa reservada. “Apesar de trabalhar no mesmo setor, a gente não tinha muito contato. Porém, nunca fiquei sabendo de discussões envolvendo Luiz”. 

Muito abalada com a situação, a irmã do advogado, que preferiu não se identificar, espera que o crime seja desvendado pela polícia. “A família ainda não conseguiu assimilar a perda”, lamenta.

O corpo do advogado é velado na capela do cemitério Memorial Park, que fica na rua Senador Felinto Mullher, na Vila Ipiranga. O enterro está previsto para acontecer às 15h30. Centenas de pessoas acompanham o velório no local.

O caso - A vítima seguia em um veículo Gol, de cor preta, quando foi abordado por dois ocupantes de um Palio, de cor prata. O motorista deu sinal de luz, Luiz estacionou e, antes de descer foi atingido com vários disparos, provavelmente, de revólver calibre 38.

Investigação - Dois advogados foram indicados pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanharem as investigações sobre a morte de Luiz.

Ontem, durante depoimento, a esposa da vítima relatou que Luiz sofria de transtorno bipolar e já havia sido ameaçado. Ao contrário dos colegas de serviço, ela relatou ainda que por causa do bipolaridade, a vítima tinha comportamento agressivo e histórico de brigas na região onde morava, no trabalho e com parentes.

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