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Capital

A cada dois dias, duas pessoas vítimas de queimadura dão entrada na Santa Casa

Viviane Oliveira e Julia Kaifanny | 25/08/2016 12:10
Segundo a enfermeira, o número de internações por queimaduras poderia ser evitado, porque os casos mais comuns ocorrem em casa. (Foto: divulgação/Santa Casa)
Segundo a enfermeira, o número de internações por queimaduras poderia ser evitado, porque os casos mais comuns ocorrem em casa. (Foto: divulgação/Santa Casa)

Há 18 dias internado na Santa Casa, Samuel Soares Tavares, 5 anos, se recupera de queimaduras de 3º grau que sofreu no dia 7 deste mês, em explosão durante bife na chapa, em Campo Grande. O menino teve 60% do corpo queimado, sendo rosto, pescoço e braços. Além dele, mais duas pessoas sofreram ferimentos e precisaram de atendimento médico.

A funcionária pública Rose Mary Andrade, avó da criança, contou que a família estava em uma reunião de amigos, quando houve a explosão após o uso de etanol para acender o fogo. O menino e mais duas pessoas foram atingidas pelas chamas. “O meu neto foi quem teve queimaduras mais graves. Os outros dois adultos, inclusive o dono da casa, sofreram ferimentos leves”, conta.

A cada dois dias, duas pessoas são internadas na Santa Casa por causa de queimaduras provocadas por acidentes domésticos ou no trabalho. De janeiro até agora, foram 107 pacientes, sendo 34 crianças.

De acordo com a chefe de enfermagem Cida do Amaral, o número de internações por queimaduras poderia ser evitado, porque os casos mais comuns ocorrem por acidentes domésticos e o principal vilão ainda é o álcool. “Tratamento de queimadura é doloroso e precisa de muito cuidado”, explica a profissional de saúde, que atua na área de queimados da unidade.

Com dois braços enfaixados, a empregada doméstica Rosenild Nogueira, 38 anos, também se recupera dos ferimentos. Há 8 dias internada, a paciente conta que mora em Maracaju e sofreu queimaduras durante um incêndio em casa. Ela conta que foi dormir junto com o marido e deixou a vela acesa. “Nós acordamos já com o fogo consumindo o imóvel. Eu sofri ferimentos mais graves. Meu marido se tratou no hospital da cidade mesmo”, relata.

Em junho, a estudante Luz Clarita Pedroso da Silva, 17 anos, morreu na Santa Casa após 11 dias de internação. Ela teve parte do corpo queimado enquanto cozinhava macarrão em um fogo improvisado com etanol. O acidente aconteceu na casa dela no Bairro São Conrado. 

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