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Capital

Amigo de infância, acusado usou celular de filho de PM antes de roubo

Nadyenka Castro | 25/03/2013 18:03
Vítima tentou evitar roubo e foi agredida. (Foto: João Garrigó)
Vítima tentou evitar roubo e foi agredida. (Foto: João Garrigó)
Camionete da família, após acidente com bandidos. (Foto: João Garrigó)
Camionete da família, após acidente com bandidos. (Foto: João Garrigó)

“O adolescente emprestou o celular. Jamais imaginou que pudesse ser usado para isso”, explica o policial militar, pai do menino de 16 anos investigado pela Polícia como a pessoa que repassou recado de preso para assalto a uma família, no Portal Caiobá, em Campo Grande, na noite desse domingo.

De acordo com o pai, o garoto emprestou o celular para Ederval Martins do Amaral Junior, de 20 anos, por volta das 21h, sendo devolvido por volta das 22h, 22h30min. “Ele costuma emprestar sempre. O Ederval não tem celular”.

O adolescente e o jovem são amigos de infância. As duas famílias também são próximas e moram perto. Ederval não tinha passagens pela Polícia.

Conforme o policial militar, ao emprestar o celular, o filho não sabia que o telefone poderia ser utilizado para conversa com presidiários. “Eu levei ele na delegacia, acompanhei o depoimento e em momento algum ele falou que sabia para que o celular dele havia sido utilizado”.

O pai lembra que não está defendendo o filho e ressalta que o caso está em apuração, sem a confirmação da participação do garoto. “Ainda está se apurando. O celular dele foi apreendido e com certeza devem pedir a quebra de sigilo. Não estou passando a mão na cabeça do meu filho não”.

O menino é apontado como a pessoa que recebeu e repassou recado de presidiários para assalto a uma família no Portal Caiobá. Ele prestou depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, e foi liberado. O caso é investigado pela Defurv (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos).

Assalto - Os bandidos entraram na residência por volta das 23 horas, quando o casal e os três filhos se preparavam para dormir e fugiram levando a caminhonete S-10.

Os dois cachorros vira-latas da casa perceberam quando os ladrões pularam o muro e entraram no quintal da casa. Ao ouvir os cachorros, o filho mais velho do casal, de 15 anos, foi abrir a porta e deu de cara com os bandidos. Ele trancou a maçaneta, mas a dupla quebrou o vidro lateral e conseguiu abri-la.

Os bandidos já entraram na casa com as armas em punho e mandaram o homem, a mulher de 50 anos e o filho de 15 anos deitarem no quarto do casal. Em seguida, foram até o outro cômodo, onde estavam os meninos de 12 e 10 anos, e levaram até os pais.

Depois de revirar toda a casa, a dupla foi embora levando a S-10 e o comerciante conseguiu chamar a Polícia. Policiais de moto do posto da Polícia Militar do Coophavilla receberam um chamado sobre o caso e durante rondas pelo bairro acabaram localizando a caminhonete. Eles ordenaram que o motorista estacionasse o veículo, mas o bandido, que estava na direção, não obedeceu e ainda tentou atropelar o policial.

A Rotac (Rondas Ostensivas Táticas), da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) foram acionados para ajudar na perseguição e acabaram localizando os suspeitos. O homem que estava na direção da caminhonete, perdeu o controle e colidiu o veículo no muro de um escritório da Banda Lilás, na esquina das Cachoeira do Campo e Lagoa Nova.

Houve troca de tiros entre os bandidos e a Polícia. Gilmar foi atingido por dois tiros e permanece no Pronto Socorro da Santa Casa. Gilmar de Souza Coleta Júnior, de 21 anos, foi baleado. Ele e Ederval foram presos.

A identificação do pai do adolescente é preservada porque o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não permite divulgação de informações que possam identificar o menor de 18 anos em situação de risco.

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