Após arrastões na porta de escola, alunos bloqueiam rua por segurança
Aproximadamente 100 estudantes do ensino do médio se uniram, nesta quinta-feira à noite, a pais, professores e a direção da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no Bairro Universitário, para cobrar segurança. Eles querem a presença da Polícia Militar em rondas na entrada e saída das aulas, numa forma de inibir os arrastões que tem sido rotineiros no período noturno.
Sob o acompanhamento de quatro policiais militares, dois numa viatura e outros dois em motocicletas, os manifestantes bloquearam o trânsito na rua em frente da escola, a Elesbão Murtinho. O clima de revolta é medo depois que na quarta-feira quatro motociclistas armados (acompanhados de garupas), abordaram os alunos, tomaram os celulares e as mochilas deles, além de agredir aqueles que tinham aparelhos mais antigos, sem acesso à internet.
“É um absurdo que isto esteja acontecendo. Será que as autoridades estão esperando que alguém morra para tomar providência?”, questiona de forma crítica dona de casa Maria José, 65 anos, avó de uma aluna que faz o 2º ano do Ensino Médio. “Meu marido a acompanha na vida para a aula e na saída”, informa. Ela acredita que se PM fizer rondas diariamente no entorno das escolas se evitará a presença de marginais. Arrastões como de quarta-feira, estaria acontecendo pelo menos uma vez por mês.
O protesto foi organizada pelas sociais e atingiu proporções acima das expectativas de um dos idealizadores, o estudante Anderson Oliveira Martins Júnior, que faz o 2º ano do Ensino Médio. Ele convidou os colegas a partir de dois grupos de WhatsApp. Teve apoio e participação de professores, como Heraldo Purcena e do próprio diretor da escola, Edvaldo Lourenço da Silva, que há 8 anos está no cargo.
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