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Capital

Assaltos crescem 82,7% e usuários temem esperar ônibus sozinhos

Filipe Prado | 16/09/2014 16:34
Os assaltos em pontos ou terminais de ônibus cresceram 82,7% em Campo Grande (Foto: Marcelo Victor)
Os assaltos em pontos ou terminais de ônibus cresceram 82,7% em Campo Grande (Foto: Marcelo Victor)

O número de assaltos em pontos de ônibus e terminais de transporte coletivo de Campo Grande cresceu 82,7% em 2014. Agora, com medo, os usuários do transporte não ficam mais sozinhos nos pontos e recorrem a vias movimentadas para a espera do transporte coletivo.

Conforme dados da Polícia Civil, de janeiro deste ano até hoje (16) foram registradas 106 boletins de ocorrências de roubos em pontos ou terminais de ônibus. No mesmo período do ano passado foram registrados apenas 58 assaltos.

Somente na manhã desta terça-feira aconteceram dois roubos na região da Vila Nhanhá por volta das 5h. Em um dos registros, uma mulher de 44 anos foi abordada por dois homens, que estavam em uma moto, em um ponto da Rua Floriano Paulo Corrêa, e roubaram a mochila.

Em outro ponto, na Rua Japão, outra mulher, 44, perdeu o aparelho celular, um molho de chaves e os documentos pessoais durante um assalto. Conforme a vítima, ela também foi roubada por dois homens em uma moto.

Nos registros policiais, os condutores da moto usaram um revólver ou uma faca para render as vítimas, que, em sua maioria, são mulheres.

Tatiane desce em vias mais movimentadas, por conta do medo (Foto: Marcelo Victor)
Tatiane desce em vias mais movimentadas, por conta do medo (Foto: Marcelo Victor)

Na Rua Japão, onde aconteceu um dos assalto, a dona de casa Manoela Cederes, 67, afirmou que sente medo de esperar o transporte coletivo. “Há muitos usuários de drogas aqui por perto. Sozinha eu não espero aqui”, comentou.

Ela contou que a sua nora já foi assaltada duas vezes no ponto de ônibus. Com uma história parecida, a dona de casa Elizabete Contesti, 31, revelou que o cunhado e o sobrinho já foram roubados. “E sempre estão de moto”, acrescentou.

As donas de casa ainda apontaram que os horários da manhã e noite são os mais críticos para a população que necessitam utilizar o transporte coletivo.

Próximo ao Horto Florestal, na Rua 26 de Agosto, o medo também é sentido pelos usuários. “Aqui era bem perigoso, então colocaram em outro lugar, mas aquele em frente ao Horto é muito perigoso”, alegou a auxiliar de serviços gerais Tatiane Aparecida do Nascimento, 27.

Como ela precisa chegar no serviço às 6h da manhã, Tatiane utiliza alternativas mais seguras para chegar no local. “Eu desço na Afonso Pena, por que é mais seguro”, admitiu.

Manoela afirma que não espera o ônibus sozinha (Foto: Marcelo Victor)
Manoela afirma que não espera o ônibus sozinha (Foto: Marcelo Victor)
Os assaltos acontecem por volta das 5h da manhã (Foto: Marcelo Victor)
Os assaltos acontecem por volta das 5h da manhã (Foto: Marcelo Victor)
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