Audiência pública discute permanência de acadêmicos indígenas na universidade
Falta de recursos e programas voltados para os estudantes fazem com que muitos deixem a universidade antes de concluir a graduação
Nesta sexta-feira (11), estudantes e autoridades discutem em audiência pública a situação do indígena na universidade. O debate quer buscar a implantação de políticas públicas que garantam a permanência desses estudantes no ensino superior.
Mato Grosso do Sul, com a segunda maior população de indígenas do país, conta com cerca de 700 índios na universidade. A maior parte desses está matriculados em instituições particulares.
Mas muitos dos estudantes abandonam o ensino superior por não ter suporte para continuar os estudos. A falta de recursos e a deficiência dos programas destinados à permanência dos acadêmicos indígenas são apontados como principais obstáculos para a conclusão da graduação.
Para as etnias Terena, Guarani e Kaiowá a graduação é uma forma de transformar a realidade das aldeias e criar perspectivas positivas para os índios que vivem em território sul-mato-grossense.
A audiência será às 13h30, na Assembléia Legislativa. Foram convidados o Secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, representantes da Funai, universidades, MPF (Ministério Público Federal) e estudantes indígenas e não índios.