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Capital

Audiência sugere ciclovia e corredor de ônibus para melhorar transporte

Luciana Brazil | 05/09/2012 15:25
Debate na Câmara dos vereadores sobre implantação de ciclovia em Campo Grande. (Foto: Minamar Junior)
Debate na Câmara dos vereadores sobre implantação de ciclovia em Campo Grande. (Foto: Minamar Junior)

Depois de ser embargada pelo Ministério Público Estadual, as obras da ciclovia na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, foram discutidas na manhã de hoje em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Vereadores. Após o debate de hoje, será encaminhado ao MPE um documento com as definições do encontro.

De forma unânime, os participantes concluíram que a ciclovia é benéfica para a cidade e seus moradores. O debate ainda reforçou a integração do uso de bicicletas com o corredor de ônibus na mesma avenida. O atual cenário da Afonso Pena - pós reforma - foi mencionado como destaque entre os presentes.

A sessão também trouxe à tona as obras de implantação do corredor de transporte coletivo (CTO) na avenida, que já faz parte dos projetos do município, de acordo com a diretora presidente do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Marta Lucia da Silva Martinez.

No plenário Edroim Reverdito, mais conhecido como "Plenarinho", as discussões foram mediadas pelo vereador Alex (PT), membro da Comissão Permanente de Cidadão e Direitos Humanos de Campo Grande (CMCG), que finalizou o encontro dando o posicionamento do debate.

“Será encaminhado para o Ministério Público um documento salientando a melhoria da avenida após a retirada do estacionamento”, afirmou o vereador Alex. Segundo ele, a retirada dos locais para estacionar foi feita após o tombamento da avenida, seguindo contra o discurso do MPE.

“Então a obra do estacionamento deveria ser revertida também. Volta o estacionamento, já que o tombamento diz que não pode haver mutilação”, criticou.

Na saída da audiência Dirceu fala de propostas planejadas. (Foto:Minamar Júnior)
Na saída da audiência Dirceu fala de propostas planejadas. (Foto:Minamar Júnior)

A presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Helena Clara Kaplan, salientou a viabilidade de construir a ciclovia assegurando que se cumpra as imposições administrativas. “Todos os processos de licenciamento ambiental devem ser respeitados”.

Com propostas que visam o desenvolvimento planejado da cidade, o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil do Departamento de Mato Grosso do Sul, Dirceu Peters, defende a retirada do estacionamento lateral da avenida para facilitar a construção do corredor de coletivos. “Esse é o futuro das cidades, em todas elas acontece isso. Essa proposta pode gerar outros benefícios”.

Peters explica que com a retirada do estacionamento o corredor de transporte coletivo poderia ser feito ao lado esquerdo da avenida e o restante da via ficaria destinada para os carros, sendo desnecessária a diminuição do canteiro central em 1,5 metros e também da calçada lateral em 1,5 metros. A ciclovia continuaria no canteiro central, o que significaria a integração das vias para transporte.

Com a facilidade do percurso dos ônibus, haveria, segundo Peters, menos consumo de combustível o que refletiria no preço da passagem.

A conscientização da população também foi citada como um ponto importante a ser disseminado, com a construção da ciclovia.

Também compuseram a mesa, o Presidente da federação de ciclismo de MS, Aldo Aguilero, o engenheiro civil José Carlos Ribas, representando o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), o vereador Clemêncio Ribeiro (PMDB), o presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Ramão Jardim e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, Demétrio de Freitas Ferreira.

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