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Capital

Auditores do SUS apuram se médicos e enfermeiros receberam sem trabalhar

Por determinação do Conselho Municipal de Saúde, equipe vai vasculhar folhas de pagamento e registros de atendimento em postos de saúde em busca de irregularidades

Anahi Zurutuza | 09/11/2016 19:36
Recepção de uma das UPA do Jardim Leblon, onde pacientes amargam longas esperas por médicos (Foto: Arquivo)
Recepção de uma das UPA do Jardim Leblon, onde pacientes amargam longas esperas por médicos (Foto: Arquivo)

Comissão de servidores fará varredura nos registros dos plantões de todos os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham nos postos de saúde de Campo Grande para verificar se os servidores realmente cumpriram as jornadas pela quais foram remunerados. Após denúncia, o Conselho Municipal de Saúde determinou auditoria nas folhas de pagamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) de todo o ano de 2016.

De acordo com o presidente do conselho, Sebastião de Campos Arinos Junior, servidores estariam recebendo sem trabalhar. Ele não detalhou contra quem recaem as denúncia e nem o universo de servidores da saúde que atuam nos postos de saúde da Capital.

O pente-fino será feito por técnicos nomeados para fiscalizar a aplicação dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). “Eles têm 30 dias para nos apresentar o relatório parcial, que já deve apontar alguma coisa se realmente houver irregularidade. Depois, a comissão tem mais prazo para a conclusão do trabalho”, explicou o conselheiro.

Ainda segundo Sebastião Arinos, os técnicos vão confrontar dados das folhas de pagamentos, escalas de plantões e registros de atendimentos nos postos de saúde.

A deliberação nº 547/2016 do CMS, sobre a “aprovação da realização de auditoria no FMS (Fundo Municipal de Saúde) para apurar possíveis irregularidades na Folha de Pagamento da Sesau”, foi publicada no Diário Oficial do Município de ontem (8).

A determinação é assinada pelo presidente do conselho e pelo secretário municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca, que não atendeu às ligações da reportagem para comentar o assunto.

Caso – O pagamento irregular de plantões já motivou investigação do Ministério Público Estadual contra cinco médicos, dentre eles Paulo Siufi, que também é vereador. Em outubro deste ano, ele foi condenado a devolver R$ 1 milhão à Prefeitura de Campo Grande, valor correspondente aos R$ 366.396,00 que foram depositados para ele por horas que, segundo o MPE, ele não trabalhou acrescido de juros e multa. A ação, entretanto, está em grau de recurso.

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