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Capital

Bancário preso no CMO pode pedir transferência da agência em que trabalha

Ricardo Campos Jr. | 14/11/2015 12:30

O bancário Lauro Luiz Ferreira Marques Rezende, que ficou um dia preso em uma cela no CMO (Comando Militar do Oeste) acusado de desacatar um soldado, aproveita o fim de semana para descansar com a família e esquecer por um instante a situação na qual se envolveu. Na segunda-feira (16) ele irá conversar com o gerente da agência em que trabalha, localizada dentro da área militar, e decide se pede transferência para outro local até que o caso seja resolvido definitivamente.

“Eu não sei ainda, vou ver se estou mais tranquilo, se não tem risco de encontrar esse cidadão de novo. Não tenho nada contra ele, novamente eu digo que foi um incidente. Estou tranquilo, na minha”, disse o funcionário público ao Campo Grande News.

Demorou um dia até que os advogados da unidade do Banco do Brasil conseguissem soltá-lo. O habeas corpus foi concedido pela Justiça Militar, já que o suposto desacato a funcionário das Forças Armadas em serviço, ainda que praticada por civil, é de competência dessa esfera.

Foram protocolados outros dois pedidos, um na Justiça Estadual e outro na Justiça Federal. Diante do conflito de competências, os dois foram negados e só o primeiro teve efeito e prossegue normalmente.

O caso - Ontem, no fim da tarde, Rezende deixava o serviço quando, por uma confusão, ignorou a uma ordem de parada dada por um vigia. Um dos balizadores fez sinal para que o funcionário público reduzisse a velocidade. O bancário pensou que ele estava apenas organizando o trânsito, fez um sinal indicando que o caminho estava livre e continuou o percurso.

“Eu continuei saindo, ele entrou na frente do meu carro e começou a chamar os outros militares. Eu falei que não ia descer do carro e não ia dar ré. Nisso chegou um superior e me prendeu, disse que eu desacatei todo mundo. Eu fui levado para uma salinha que fica na entrada do comando e ali permaneci até as 23h esperando que eles tomassem o depoimento de todo mundo”, relata o civil.

Após os procedimentos, ele foi encaminhado para o lugar onde também são colocados os militares infratores. “Eu estava sozinho em minha cela. O local era limpo, não tinha nada de insalubre. Tinha uma cama e um banheiro”, conta o bancário.

Na opinião dele, a atitude dos militares foi completamente arbitrária e injusta. “Para mim, foi por motivo fútil. Não sei se esse é o procedimento, eu não entendi. Estou meio passado até agora. Eles entenderam como desacato, me cercaram. Eu falava que queria ir embora, mas não me deixavam. Ele [oficial] ameaçou me algemar”, lembra o funcionário público.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa do CMO ontem e hoje, e até a publicação desta reportagem não houve retorno

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