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Capital

Bombeiros interditam prédio da rodoviária, mas lojas ainda funcionam

Mariana Rodrigues e Renata Volpe Haddad | 29/08/2015 10:34
Mesmo com a interdição, algumas lojas estavam funcionando normalmente na manhã deste sábado. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesmo com a interdição, algumas lojas estavam funcionando normalmente na manhã deste sábado. (Foto: Marcos Ermínio)

O prédio da antiga rodoviária, localizada no bairro Amambaí em Campo Grande, foi interditada ontem (28) pelo Corpo de Bombeiros. Segundo o comandante metropolitano Jairo Shoitiro Kamimura, o prédio foi notificado no ano passado, teve prazo para que os sistemas preventivos como extintores, hidrantes, extintores de parede e iluminação de emergência fossem colocados, de acordo com a Lei Estadual 4.335, de 10 de abril de 2013, que institui o Código de Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos.

“Como não foi feito o projeto e nem a execução, fizemos uma interdição para que o mesmo fosse realizado. Existe uma lei que coloca prazo a cumprir, não se cumprindo esse prazo cabe uma autuação que é multa, não sendo providenciado não dando entrada, cabe a interdição”, disse o comandante.

Kamimura informou que foi necessária a interdição devido as consequências que causa risco eminente no local devido a grande exposição do prédio. Até que o local seja readequado conforme o Código de Segurança Contra Incêndio, a antiga rodoviária não pode funcionar. “Vão ter que fechar as lojas, até os lanchondrómodos, existe multa para quem descumprir e continuar com as lojas abertas”, comenta e acrescenta que, quando faz a interdição o MP (Ministério Público) e a Polícia Militar são comunicados e se continuar funcionando interditado, os órgão são acionados e o MP autua em flagrante.

A reportagem do Campo Grande News foi até a antiga rodoviária na manhã deste sábado (29) e conversou com alguns comerciantes que estavam com as lojas abertas. Eles se mostraram surpresos com a interdição e relataram que ficaram sabendo por meio da mídia sobre a decisão dos bombeiros. Segundo Jamacir Leite Campelo, se ele tiver que sair do prédio, onde tem comércio de confecção de calçados há 20 anos, ele vai trabalhar na rua. “Sempre fui comerciante e se tiver que sair daqui abro meu comércio na rua”, lamenta, Jamacir que diz ter ficado sabendo da interdição pela mídia.

Jamacir Leite Campelo, disse não saber da interdição do local.(Foto: Marcos Ermínio)
Jamacir Leite Campelo, disse não saber da interdição do local.(Foto: Marcos Ermínio)

José Paulino trabalha com vendas de roupas e está há 37 anos na rodoviária. Ele é um dos mais antigos comerciantes do local. O lojista diz que os bombeiros foram até a rodoviária e deram um prazo para eles se readequarem. “Pediram para colocar extintores, mangueira contra incêndio e se readequarem”, conta. Ele também alega que não foi pedido para que ele fechasse às portas de seu estabelecimento, mas diz tomar conhecimento da notificação dos bombeiros.

Paulino diz ainda que se tiver que sair do prédio, tem onde ficar, já que possui uma casa na Avenida Júlio de Castilho e pode montar seu comércio ali. “Se fosse para mudar para lá as vendas até aumentariam, mas tenho medo de assaltos nos bairros isso é muito perigoso, aqui nunca fui assaltado, mesmo todos reclamando, considero a segurança daqui melhor do que nos bairros”, afirma ele e complementa que as vendas caíram depois que tiraram a rodoviária dali.

A sindicado prédio Rosiane Nely Lima, informou que os bombeiros conversaram com ela e deram prazo para eles readequarem conforme as normas. Ela nega que tenha sido interditado o local. Ela diz que há cerca de 50 lojas que empregam de 2 a 3 pessoas cada um. O prédio tem 25 mil metros². Para ela o maior problema é em torno do prédio e o bairro que estão abandonados pelo poder público.

No local deveria ter um extintor de incêndio. (Foto: Marcos Ermínio)
No local deveria ter um extintor de incêndio. (Foto: Marcos Ermínio)
Foi necessária a interdição devido as consequências que causa risco eminente no local devido a grande exposição do prédio. (Foto: Marcos Ermínio)
Foi necessária a interdição devido as consequências que causa risco eminente no local devido a grande exposição do prédio. (Foto: Marcos Ermínio)
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