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Capital

Campanha mostra como combater mosquito e cadastra voluntários

Evento reuniu cerca de 800 fiéis no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco na manhã de hoje (14)

Bianca Bianchi | 14/02/2016 12:15
Cenário montado em frente ao palco demonstrava o certo e o errado na luta contra o mosquisto Aedes aegypti (Foto: Marcos Ermínio)
Cenário montado em frente ao palco demonstrava o certo e o errado na luta contra o mosquisto Aedes aegypti (Foto: Marcos Ermínio)

A celebração que abriu a Campanha de Fraternidade 2016 reuniu, na manhã de hoje (14), cerca de 800 fiéis no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco, em Campo Grande.

A campanha nacional tem como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, que busca promover a reflexão da sociedade sobre a importância do acesso ao saneamento básico e à água potável. Na capital sul-mato-grossense, as ações vão focar, também, a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite os vírus causadores da dengue, zika e chikungunya.

Em frente ao palco, um cenário chamava a atenção dos participantes. Lado a lado, dois ambientes foram criados para demonstrar o certo e o errado na luta contra o mosquito Aedes aegypti: entulhos, sujeira e lixo contrastavam com um ambiente limpo e de plantas bem cuidadas.

O arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa durante celebração aos fiéis (Foto: Marcos Ermínio)
O arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa durante celebração aos fiéis (Foto: Marcos Ermínio)

O arcebispo metropolitano da Capital, dom Dimas Lara Barbosa, ressaltou que Campanha é uma construção da Igreja para possibilitar os católicos mergulharem no tempo de conversão, por meio de reflexão e ações concretas, e pediu que sociedade civil e poder público se esforcem para fazer a campanha acontecer.

“Não adianta jogar a responsabilidade só para o governo se nós não cuidarmos da nossa casa. Precisamos de água tratada, rede de esgoto, com certeza. Mas, precisamos aprender a fazer o uso racional e sustentável desses recursos”, afirmou.

Após a missa, que fez parte da programação da celebração de abertura da Campanha, foi feito o cadastro de voluntários para atuarem em mutirões de limpeza.

Todas as ações serão realizadas durante a Quaresma, período de 40 dias que começou na quarta-feira de Cinzas (10) e termina no domingo de Ramos – anterior ao domingo de Páscoa, que este ano será no dia 27 de março.

O evento organizado pela arquidiocese de Campo Grande reuniu, fiéis de todas as comunidades católicas da capital e de cidades do interior como Bandeirantes, Sidrolândia, Rochedo e Corguinho. Além disso, fiéis puderam acompanhar a transmissão ao vivo pela TV Imaculada, Rádio Milícia da Imaculada e Internet.

A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa da Igreja Católica, porém, a cada 5 anos, acontece de forma ecumênica e é elaborada pelo Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), formado também pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sirian Ortodoxo de Antioquia.

Luciane e Arlene, mãe e filha, juntas no propósito da Campanha da Fraternidade 2016 (Foto: Marcos Ermínio)
Luciane e Arlene, mãe e filha, juntas no propósito da Campanha da Fraternidade 2016 (Foto: Marcos Ermínio)

Compromisso em família - Acompanhada da filha Luciane, a dona de casa Arlene Pereira de Lima, 63 anos, chegou cedo para participar do evento. Para ela, o tema escolhido chama atenção por ser ecumênico e é muito sugestivo pelo momento que a cidade passa.

“Nosso Deus fez a casa para todos os povos, todos os seres humanos, independente de crença ou religião. Se cada um fizer sua parte, não fica pesado pra ninguém e todo mundo se beneficia”, declarou.

Membro da Igreja Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a enfermeira Luciane Lima, 36 anos, acredita que a campanha inspira um clima de co-responsabilidade.

“Temos que cuidar uns dos outros, mas, isso só é possível se tivermos o sentimento de misericórdia entre nós”, explicou.

Apoio – A edição 2016 ganhou reforço da companhia de abastecimento da capital. Para o presidente da Águas Guariroba, José João Fonseca, o tema da Campanha vai permitir expandir o acesso aos projetos socioambientais da empresa.

“Quanto mais as pessoas tiverem o conhecimento de como funciona o sistema, maior vai ser a conscientização delas sobre o uso da água. Além disso, vamos conseguir disseminar também mais informações sobre o programa Tarifa Social”, comentou.

Tarifa Social – Famílias de Campo Grande com renda máxima de um salário mínimo e que consomem até 20 mil litros de água por mês, podem ter descontos de 50% no valor da conta de água e esgoto. Atualmente, são seis mil famílias cadastradas em Campo Grande. Durante a Campanha, a concessionária tem a expectativa que de que esse número dobre.

Os requisitos necessários para ter direito a Tarifa Social são: ter renda familiar comprovada de até um salário mínimo; ser proprietário de um único imóvel destinado exclusivamente à sua moradia e de sua família, ser isento do pagamento do IPTU; ser consumidor monofásico de energia elétrica, utilizando até 100 Kwh/mês e não consumir mais do que 20 mil litros de água por mês. Estes critérios foram estabelecidos pela lei municipal 3.928, de 26 de dezembro de 2001, que instituiu o programa na Capital.

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