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Capital

Carro de suspeita de matar marido é achado com marca de sangue

Francisco Júnior, Ana Paula Carvalho e Paula Maciulevicius | 28/06/2012 09:39

Segundo a Polícia, ela se escondeu em motel antes de fugir. Mulher chegou a ir à casa da filha e admitir que havia "matado alguém"

Marcas de sangue ficaram espalhadas por todo o veículo. (Foto: Minamar Júnior)
Marcas de sangue ficaram espalhadas por todo o veículo. (Foto: Minamar Júnior)
Documentos apreendidos pela Polícia em motel. (Foto: Minamar Júnior)
Documentos apreendidos pela Polícia em motel. (Foto: Minamar Júnior)

O veículo Fiat Uno prata usado na fuga dos suspeitos de terem matado a tiros Alenilton Marcos Miranda da Costa, de 30 anos, na última terça-feira (26), foi localizado na noite de ontem em uma casa na rua Goiatuba, no Jardim Roselândia, em Campo Grande.

O carro, de propriedade de Dilma Gonçalves da Silva, de 43 anos, principal suspeita do crime, estava na casa onde mora a filha da filha dela. O veículo tem oito marcas de tiros calibre 380 e uma grande quantidade de sangue, principalmente espalhado pelo painel e banco do passageiro. As evidências indicam que a vítima foi morta dentro do Fiat Uno, suspeita o delegado responsável pela investigação, Weber Luciano de Medeiros.

Weber acredita que a vítima estava no banco do passageiro quando foi morta. O vidro desse lado foi estilhaçado.

Conforme o delegado, o carro foi periciado para identificar de quem é o sangue encontrado. O veículo permanece na sede da delegacia, no bairro Monte Castelo.

No local onde a Polícia localizou o veículo, estavam Norival Cardoso de Oliveira, 43 anos, Luzinete de Souza, 42 anos, e a filha da suspeita, Karia Aparecida Goncalves de Souza, 23 anos. Os três foram autuados pelo crime de favorecimento pessoal, por se recusarem a passar informações do paradeiro de Dilma.

Carro está no pátio da delegacia. (Foto: Minamar Júnior)
Carro está no pátio da delegacia. (Foto: Minamar Júnior)

Na noite do crime, segundo o delegado, a suspeita esteve na casa e afirmou para os familiares que havia matado alguém, sem dar mais detalhes. Em seguida, ela pegou um mototáxi e foi para o motel Se Que Sabe, que fica na avenida Euler de Azevedo, bairro Coophasul.

Na noite de ontem, os policiais do 2º DP estiveram no motel à procura de Dilma e do filho dela, Robson Gonçalves da Silva Souza, 26 anos, suspeito de ter envolvimento no assassinato, depois de receberam uma denúncia. No momento em que chegaram lá, mãe e filho já haviam fugido do quarto, deixando para trás documentos e roupas.

O delegado autuou a dona do estabelecimento por favorecimento pessoal, que não teve o nome divulgado, porque que não ajudou com as investigações no momento em que os policiais procuraram os suspeitos no local.

Weber Luciano ressalta que se Dilma e Robson não se apresentarem na delegacia ainda nesta quinta-feira, amanhã (29) irá pedir a prisão preventiva dos dois.

Mãe e filho têm passagens na Polícia. Dilma foi presa acusada de envolvimento em um assalto a banco em Campo Grande. Já Robson por homicídio doloso, lesão corporal, tentativa de homicídio e dano.

Crime - Por volta das 22h40 de terça-feira, Alenilton chegou na casa, que fica na rua Nacional, Jardim Imperial, conduzindo um veículo Uno de cor prata. Foi Dilma quem abriu o portão para ele guardar o carro. Logo depois, segundo a Polícia, vizinhos ouviram uma discussão e vários tiros.

Em seguida, Dilma, uma criança, que também morava na casa, e um homem foram vistos saindo da casa no mesmo Uno que Alenilton chegou. Na tentativa de ir embora rápido, o condutor chegou a raspar a lataria do carro no portão.

Dilma e Alenilton mantinham um relacionamento conturbado há aproximadamente dois anos e moravam no local há cinco meses. Vizinhos disseram à Polícia que o casal brigava constantemente.

A vítima tinha três mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas e furto qualificado, todos cometidos no estado de Goiás, segundo a Polícia.

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