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Capital

Com caso confirmado, CCZ faz vacinação de emergência contra a raiva

Aline dos Santos | 12/08/2011 11:41

O CCZ está investigando a origem da contaminação, pois há 23 anos Campo Grande não tinha caso de raiva em animais. “Sabe-se que na região de fronteira com a Bolívia e o Paraguai sempre ocorreu”, afirma a diretora.

Cachorra Bolinha foi vacinada em campanha contra raiva. (Foto: Simão Nogueira).
Cachorra Bolinha foi vacinada em campanha contra raiva. (Foto: Simão Nogueira).

Com a descoberta do caso de raiva canina na região do Jardim Anache, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) deflagrou vacinação emergencial de cães e gatos no entorno do bairro, localizado na região Norte de Campo Grande. De acordo com a diretora do CCZ, Júlia Maksoud, serão utilizadas 1.300 doses da vacina nesta primeira etapa.

“Estamos indo de casa em casa. Porque a vacinação próximo ao local deve ser feita o mais rápido possível”, afirma. Agentes do CCZ também orientam para que a população fique alerta ao comportamento dos animais.

O caso foi confirmado há uma semana, por meio de exame da Iagro. No dia 12 de julho, um adolescente foi ferido na mão por um cão. Ele foi levado ao posto de saúde. De praxe, a pessoa recebe vacina contra a raiva e o CCZ é avisado para monitorar o animal.

“Alertamos os moradores que nos avisem se o animal morrer ou ter alteração no comportamento. Neste caso, foi um retorno do serviço”. O cachorro morreu e foi coletado material para exame. De forma preventiva, todos os moradores da casa que tiveram contato com o animal foram vacinados.

Segundo Júlia Maksoud, o caso foi um pouco diferente do habitual, pois o animal não apresentava comportamento agressivo. “Foi meio diferente do padrão da raiva. Não foi furiosa”, salienta.

Em geral, o animal com raiva apresenta sinais clínicos como alterações de comportamento, depressão, demência ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), salivação excessiva, e, por fim, a paralisia.

O CCZ está investigando a origem da contaminação, pois há 23 anos Campo Grande não tinha caso de raiva em animais. “Sabe-se que na região de fronteira com a Bolívia e o Paraguai sempre ocorreu”, afirma a diretora.

A imunização contra a raiva já estava prevista para ser realizada em setembro. Neste ano, o Ministério da Saúde resolveu priorizar apenas Mato Grosso do Sul e 10 estados do Nordeste e Norte. Campo Grande já pediu vacinas para imunizar 100 mil animais. “Mas isso depende da liberação do Ministério da Saúde”, enfatiza Júlia Maksoud.

A transmissão do vírus da raiva para os seres humanos ocorre por meio de contato com a saliva do animal.

De casa em casa – Quatro equipes do CCZ circulam pelos bairros Jardim Anache e Vida Nova para imunizar os animais. Na residência da dona de casa Alenir Apolônio da Silva, de 58 anos, foram vacinadas as cachorras Bolinha, de 6 anos, Lessie, de nove meses.

“Fiquei sabendo ontem. A gente fica preocupada, porque deixo meus cachorros presos. Mas tem muito cachorro solto na rua”, afirma. Nas casas, a equipe do CCZ também distribui um comunicado alertando sobre a ocorrência da doença e com informações sobre a raiva.

De acordo com o supervisor de área Mário Márcio Oliva, as casas que estão fechadas serão visitadas novamente no fim de semana. Segundo a agente Flávia Regina Rojas de Jesus, os animais que estão na rua são recolhidos, caso o dono não seja identificado. Não há prazo para término da campanha de emergência.

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