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Cidades

Corpo de travesti é velado na casa do pais e enterro será às 8h, em Nobres

Paula Maciulevicius | 04/02/2012 08:32

Velório é realizado na casa dos pais de Pabrícia, no bairro São José, em Nobres, no Mato Grosso

CRM abriu sindicância para apurar se houve irregularidade na cirurgia. (Foto: Arquivo de família)
CRM abriu sindicância para apurar se houve irregularidade na cirurgia. (Foto: Arquivo de família)

O corpo de Pabrícia, 26 anos, morta após uma lipoescultura no hospital infantil São Lucas, em Campo Grande, na última quinta-feira, está sendo velado desde as 4h da manhã, na cidade de Nobres, no Mato Grosso.

O velório é realizado na casa dos pais de Pabrícia, no bairro São José. O corpo foi levado de Campo Grande na tarde de ontem, por uma funerária de Rondonópolis. O enterro está previsto para as 18h, no cemitério municipal de Nobres.

A família alega que houve demora na liberação do corpo e que teve de pagar R$ 200 à funerária para que eles fizessem o atestado de óbito. Entre a burocracia de documentação, o cartório disse à sobrinha da vítima, Fernanda Soares Paim, que só a funerária poderia fazer o atestado.

“Eles disseram que só podia ser feito pela funerária. A funerária me cobrou isso, pelo menos no meu Estado é gratuito. Queria uma resposta se era preciso pagar tudo isso. Mas além de matarem meu tio eu não ia poder levar o corpo?”, questiona.

Caso - A travesti morreu após uma queda de pressão, logo depois de terminar a lipoescultura para retirada de silicone industrial e excesso de gordura. Uma hipótese para a causa da morte apontada pelo médico cirurgião Paulo de Oliveira Lima, dita em entrevista coletiva na tarde de ontem, é de que o silicone possa ter entrado na corrente sanguínea e provocado um infarto.

O CRM (Conselho Regional de Medicina) abriu sindicância para apurar se houve irregularidade no procedimento cirúrgico que resultou na morte de Pabrícia, no hospital infantil São Lucas, em Campo Grande.

Segundo o presidente do Conselho, Luis Henrique Mascarenhas, o CRM vai ouvir o médico e a equipe de enfermagem e analisar toda documentação relativa ao procedimento cirúrgica. Caso seja constatada irregularidade, será aberto processo ético-profissional.

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