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Capital

“Ela suspeitou que a filha não fosse do marido”, diz mulher

Nadyenka Castro e Francisco Júnior | 07/12/2011 15:49

De acordo com Regilene Henrique da Silva, 36 anos, Deborah Henrique da Silva Diez Soliz, de 40 anos, pensou que a recém-nascida não fosse filha do marido e por isso não a aceitou. Ela só quis a menina quando soube que era parecida com o esposo

Regilene com recém-nascida no colo contesta versão da mãe da menina. (Foto: João Garrigó)
Regilene com recém-nascida no colo contesta versão da mãe da menina. (Foto: João Garrigó)

Na versão de Regilene Henrique da Silva, 36 anos, suposta compradora da recém-nascida, a mãe da bebê, Deborah Henrique da Silva Diez Soliz, de 40 anos, não quis a filha porque acreditava que a menina não fosse filha do marido.

Em entrevista à imprensa, a faxineira conta que ‘armou’ com a patroa, Janete, e com a irmã, Voeni Henrique da Silva, 40 anos, para ficar com a recém-nascida para “salva-la”. “Eu fiz isso para salva-la”, justifica. “Agora, ela é uma criança cheia de luz, que sobreviveu ao que essa mãe poderia fazer com ela”, diz.

Rosilene relata que a prima Débora acreditava que a filha não fosse do esposo e por este motivo decidiu entrega-la para adoção. Depois que soube que a menina se parecia fisicamente com o marido, a quis de volta. “A Voeni viu ela e falou para a Débora que a Maria Clara [nome dado por Rosilene] era a cara do marido dela”.

Conforme Rosilene, depois disso, Débora se arrependeu e denunciou à Polícia que a recém-nascida havia sido comprada por R$ 500 na saída da Santa Casa e com ajuda de uma funcionária. Ao saber do caso pela imprensa, a faxineira procurou a Defensoria Pública e, junto do defensor Paulo Henrique Paixão, foi até a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Na delegacia, contou que a prima não queria a filha e que já tinha feito 15 abortos e entregue os fetos em rituais de magia negra com objetivo de ficar rica. Falou ainda que foi Janete quem pegou a bebê dos braços de Voeni no momento em que Débora recebeu alta e que ficou em outro local do hospital a espera da recém-nascida porque é brigada com a prima e esta não poderia saber do caso. “Desde então ela está na minha casa”, concluiu.

Segundo a suposta compradora, Maria Clara estava com assaduras e foi tratada. Rosilene e Janete compraram algumas coisas para a menina, que também ganhou presentes. A faxineira já tem outros três filhos e quer ficar com a garota, que agora foi encaminhada ao Conselho Tutelar.

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