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Capital

Em meio a pombos, galinhas e cachorros idosa vive em condições subumanas

Viviane Oliveira | 23/07/2012 19:05
Pombos na cozinha. É possível ver fezes das aves em cima do fogão. (Foto: Simão Nogueira)
Pombos na cozinha. É possível ver fezes das aves em cima do fogão. (Foto: Simão Nogueira)
No salão de alvenaria são criadas as galinhas. (Foto: Simão Nogueira)
No salão de alvenaria são criadas as galinhas. (Foto: Simão Nogueira)

Além de morar em um lugar insalubre, sem condições nenhuma de moradia, uma idosa de 72 anos foi encontrada vivendo em meio a centenas de pombos, galinhas, gatos e cachorros.

O flagrante foi feito pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na tarde desta segunda-feira (23) na rua José Paes de Farias, na vila Jacy, em Campo Grande.

A Polícia chegou até Dinorá Rodrigues Marlin através de uma denúncia anônima de que havia um criadouro de papagaios na casa. “Ao chegar no local constatamos de que não se tratava de crime, porém uma idosa vivendo em condições precárias, disse o sargento Carlos Marcelo Alexandre da Silva.

Dinorá conta que recebe um salário mínimo e mora na residência com as duas filhas. No terreno há um salão de alvenaria, mas a idosa vive na casa de madeira com três peças. A residência está com alguns cômodos descobertos e o local é tomado por fezes de pombos.

Apesar dos animais deixarem a casa imunda, a idosa não se importa com a sujeira. “O ruim é a chuva e o frio, mas não temos para onde ir”, lamenta Dinorá.

De acordo com os vizinhos, os pombos são atraídos por causa da comida que é colocada para as galinhas que são criadas, segundo a idosa, para consumo próprio. Como a casa não tem muro, os animais vivem na rua incomodando os moradores da região.

A assistente de trânsito Márcia Santos Fenero, de 50 anos, vizinha da casa, disse que faz tempo que convive com o problema. “Os pombos invadem o telhado da minha casa, aqui são centenas de aves, fora as galinhas que tomam conta da rua”, reclama.

Os vizinhos relatam que a morada da casa já foi agredida várias vezes pela filha. “Ela já me deu um pedrada no tórax e uma na boca, inclusive já quebrou um dente meu”, confirma a idosa.

A filha denunciada pelas agressões não estava na casa, já a outra chegou minutos depois do flagrante e muito nervosa disse que cuida da mãe e abriga os animais na casa porque tem dó.

Em um dos cômodos, foi encontrada uma cadela poodle que mal conseguia abrir os olhos de tão doente que estava. Sem geladeira, os pombos sobrevoam as panelas que estavam com comida em cima do fogão.

“Eu pretendo construir uma casa para a minha mãe”, disse a mulher, que afirma trabalhar cuidando de doentes em hospitais. A assistência social da Prefeitura foi acionada, mas informou que o caso está sendo analisado pela Promotoria do Idoso. Ninguém foi preso.

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