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Capital

Em vídeo, Bernal diz que vai recorrer de demissões de 4 mil terceirizados

Nyelder Rodrigues | 17/12/2016 19:51
Prefeito garante que vai tentar pagar salários dos terceirizados (Foto: Arquivo)
Prefeito garante que vai tentar pagar salários dos terceirizados (Foto: Arquivo)

Em um vídeo postado no início da noite deste sábado (17) em sua página pessoal no Facebook (e que pode ser vista no fim da matéria), o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), afirma que vai recorrer contra a decisão da Justiça de demitir cerca de 4 mil funcionários terceirizados do município, contratados através dos convênios com a Omep e Seleta.

Bernal garante que logo na primeira hora de segunda-feira (19) o procurador-geral municipal irá entrar com recurso visando garantir os empregos e também a prestação de serviços públicos essenciais, como o Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante) e Ceinfs (Centros de Educação Infantil).

Na mensagem, o prefeito frisa que a demissão é uma decisão da Justiça e que a maioria das pessoas incluídas nessa determinação realmente trabalham, sendo que a prefeitura precisa garantir a essas pessoas "a dignidade que está no salário e no 13º", comenta Bernal no vídeo.

"Uma pena que pessoas oportunistas usaram esses dois convênios para ganhar dinheiro de forma ilícita", critica o prefeito, acrescentando que "não podemos condenar pessoas inocentes e trabalhadoras".

Ele ainda finalizou o vídeo, que tem dois minutos e 10 segundos, dizendo que irá pedir no recurso que os salários sejam pagos sem que hajam repasses às contas da Omep e da Seleta. "Campo Grande não permite mais injustiça", finaliza.

Protestos e fechamentos - Devido ao fim dos convênios com a Organização Mundial para e com a Seleta, determinado pela Justiça, o sábado foi marcado por protestos em Campo Grande. Amanhã (18), trabalhadores prejudicados pela decisão devem se reunir novamente às 8h na praça Ary Coelho.

Um dos serviços públicos afetados em Campo Grande com as demissões foram os Ceinfs, que tiveram que antecipar as férias, e o Cetremi, unidade situada no Parque dos Poderes que acolhe moradores de rua e usuários de drogas.

Sem funcionários para manter o local, prefeitura de Campo Grande decidiu fechar o Cetremi. Até o fim da tarde deste sábado (17), a ordem de interromper o atendimento fez com que ao menos 90 pessoas fiquem sem abrigo nos próximos dias.

De acordo com a diretora de Proteção Social da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Inara Sales Cabral, apenas seis servidores concursados trabalham no Cetremi, que funciona 24 horas e atende cerca de 100 pessoas por dia. "Fica inviável manter aberto sem o pessoal terceirizado", explicou. São necessários ao menos 25 funcionários.

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