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Capital

Família de Kauan nunca recebeu visita do Conselho Tutelar, diz parente

Rafael Ribeiro e Guilherme Henri | 24/07/2017 11:04
Fotos de Kauan divulgadas pela família quando a suspeita era de que ele estaria apenas desaparecido (Foto: Arquivo familiar)
Fotos de Kauan divulgadas pela família quando a suspeita era de que ele estaria apenas desaparecido (Foto: Arquivo familiar)

A família de Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, cujo corpo está desaparecido há cerca de um mês após supostamente ser estuprado e morto, disse que jamais recebeu a visita de algum integrante do Conselho Tutelar para dar respaldo à mãe, Janete dos Santos Andrade, 35, com dez filhos para cuidar junto de um padrasto.

“Nunca fomos amparados por medida nenhuma e após o acontecimento, não fomos procurados. Nunca uma assistente social foi em casa”, disse Luzinete Santos Andrade, 34, tia de Kauan e irmã de sua mãe.

Janete teria se mudado para o Aero Rancho (zona sul de Campo Grande) após a separação do pai de Kauan, que mora em Ponta Porã (a 323 km da Capital). Há dez anos, a mãe já sofrera perda semelhante: uma filha de 3 anos morreu acidentalmente.

Janete dos Santos Andrade, mãe de Kauan, durante as buscas pelo corpo do filho no último sábado (Foto: Marcos Ermínio)
Janete dos Santos Andrade, mãe de Kauan, durante as buscas pelo corpo do filho no último sábado (Foto: Marcos Ermínio)

Kauan, segundo testemunhas, ganharia dinheiro cuidando de carros em pontos movimentados da região onde morava. Fora atraído pelo suspeito, diz a polícia, com a promessa de ganhar quantia entre R$ 5 e R$ 20.

O Conselho Tutelar da Região Sul disse ao Campo Grande News que não teria como checar atendimentos feitos pelo órgão à família até a conclusão desta reportagem. Dizem que seria necessário fazer buscas também pelos nomes dos irmãos.

Delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio de Souza Lauretto, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente), destaca que encontrado o corpo, prioridade absoluta das autoridades até aqui, será investigada a situação de vulnerabilidade da criança que permitiu a aproximação do suspeito de 38 anos do crime preso.

“A população deve observar mais a movimentação ao redor das crianças. Se tivesse, sido mais cautelosos e alertassem sobre uma situação estranha, teriam evitado a morte de uma criança”, apontou Lauretto.

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