Familiares de Timóteo recolhem 20 mil assinaturas contra veto do governo
Os familiares e amigos do bebê Timóteo, que morreu à espera de um doador de medula óssea, realizou no final da manhã de hoje (16) uma mobilização para arrecadar assinaturas contra o veto do governo que institui a “Política Estadual de Mobilização para a Doação de Medula Óssea em Mato Grosso do Sul”.
Cerca de 30 pessoas se reuniram no canteiro central da Avenida Afonso Pena, no cruzamento com a Rua 14 de julho. Para quem passava pelo local, o pedido era o mesmo. “Estamos recolhendo assinaturas para a construção do centro de transplante e passar para o futuro governador do Estado”, revelou o coordenador da mobilização e pai do bebê Timóteo, Diego Recena Aydos, 35 anos.
Recolhendo assinaturas há cinco meses, hoje eles somaram cerca de 20 mil nomes, mas o objetivo é conseguir ainda mais. “Nós vamos continuar recolhendo até o dia que o futuro governador assumir a administração do Estado”, explicou Diego.
Outras mobilizações ainda serão marcados em Campo Grande, com ajuda de igrejas e grupos de dança, mas ainda nenhuma data foi confirmada. Outro protesto que será realizado, será durante uma audiência pública na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
“Vamos nos reunir no dia desta audiência pública, sobre o centro de transplante, fazer uma mobilização e tentar o apoio da OAB”, comentou o pai do bebê.
A mobilização seguiu até às 13h.
O veto do governador André Puccinelli (PMDB) foi publicado na última segunda-feira. De acordo com a negativa, o projeto é inconstitucional, pois deveria ter sido iniciativa do Poder Executivo. Além disso, não há previsão orçamentária para que a proposta saia do papel e não seja “lei de aparência”. A implantação do serviço de transplante de medula óssea depende de parecer do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
O texto também cita que o Estado tem cota de 8.565 para novos cadastros por ano. No ano passado, foram 8.737cadastros de novos doadores, “portanto, acima da cota estipulada, pelo Ministério da Saúde, que não aprova ressarcimento dos procedimentos acima da cota”.